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2025.04.21 Papa Francesco

Conferências Episcopais: gratos ao Papa por seu serviço e apelo à misericórdia

O presidente dos bispos italianos pede que sejam incentivados momentos de oração pessoal e comunitária. Bispos da Bélgica gratos pelo serviço de Francisco e apelo à misericórdia do Senhor. Bispos do Reino Unido: uma "voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados”. Os bispos da Austrália recordam-no como “um homem simples, humilde e compassivo”. Bispos argentinos: Francisco, “um guia humilde e firme no Evangelho”
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Vatican News

É um momento doloroso e de grande sofrimento para toda a Igreja. Confiamos o nosso amado Papa Francisco ao abraço do Senhor, na certeza, como ele mesmo nos ensinou, de que “tudo se revela na misericórdia; tudo se resolve no amor misericordioso do Pai”, afirma o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi, em uma declaração.

Peço a todas as Igrejas na Itália – continua a purpurado - que os sinos das igrejas sejam tocados em sinal de luto e que sejam incentivados momentos de oração pessoal e comunitária, em comunhão uns com os outros e com a Igreja universal.

Conferência Episcopal da Bélgica

Segue, declaração dos bispos belgas, gratos pelo serviço do Papa Francisco e apelo à misericórdia do Senhor:

“Com grande tristeza”, os bispos da Bélgica receberam a notícia da morte do Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica como bispo de Roma desde 2013. Em uma declaração divulgada hoje, os bispos expressaram “profunda gratidão por seu ministério” e relembraram um pontificado “marcado pela simplicidade, proximidade com os pobres e um forte apelo à misericórdia e à justiça social”. Suas encíclicas - em particular Laudato si' (2015) e Fratelli tutti (2020) - “permanecem pontos de referência para o mundo e a sociedade”, escrevem os bispos, que também enfatizam “o forte impulso pastoral dado à construção de uma Igreja mais sinodal e inclusiva”. Os bispos belgas recordam com gratidão a visita do Papa em setembro de 2024, durante a qual ele ofereceu três palavras-chave para a Igreja na Bélgica: “evangelização, alegria e misericórdia”. Por fim, o convite a todos os fiéis do país: “Rezemos para que o Senhor acolha seu servo Francisco na casa do Pai”.

Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e País de Gales

Papa Francisco: cardeal. Nichols, "voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados”

"A morte do Papa Francisco é uma fonte de grande tristeza para muitas pessoas no mundo inteiro, tanto na Igreja católica quanto na sociedade em geral. Uma voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados, agora silencia. O legado que ele deixa é algo que devemos tentar levar adiante e fortalecer". Foi o que afirmou em uma declaração o cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e do País de Gales e arcebispo de Westminster. Os bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales celebrarão Missas de Réquiem para o Papa em suas catedrais. Imagens de oração já foram distribuídas às paróquias católicas.

“O Papa Francisco foi chamado ao sacerdócio por meio de sua experiência com a misericórdia e a compaixão de Deus”, lembra o cardeal. "Isso continuou sendo o núcleo de seu ministério como padre, bispo e Pontífice. Somente compreendendo o amor e a misericórdia de Deus em relação a cada um de nós é que podemos criar sociedades e comunidades que levem o sinal do ‘reino de Deus’." "Oremos agora pelo repouso de sua alma, para que ele possa conhecer, em plena medida, o abraço misericordioso e amoroso do Pai, do único Deus a quem ele deu sua vida em serviço incansável. Que ele possa agora descansar em paz e ressuscitar na glória".

Bispos da Austrália

Papa Francisco, “um homem simples, humilde e compassivo”

“Um homem simples, humilde e compassivo”. É assim que dom Timothy Costelloe, arcebispo de Perth e presidente da Conferência Episcopal Australiana, lembra-se do Papa Francisco em uma mensagem divulgada após a notícia de sua morte. "Quando o cardeal Bergoglio apareceu pela primeira vez na sacada da Basílica de São Pedro em março de 2013“, escreve ele, ”sua simplicidade e humildade imediatamente deram o tom de um Pontificado marcado pela misericórdia e compaixão de Deus. Sua visão da Igreja como “um hospital de campanha” representou, segundo o arcebispo, “um chamado para a reforma pastoral e um retorno a Cristo como o centro da proclamação e da vida eclesial”. O prelado reconhece que “os anos do Pontificado não foram isentos de controvérsias”, mas ressalta como Francisco “sempre reafirmou que é ‘um filho leal da Igreja’, chamado a acolher todos em sua fragilidade”. Nestes dias, as paróquias da Austrália celebrarão Missas em memória do Papa. “Enquanto o mundo se prepara para o conclave”, conclui ele, “os fiéis rezarão por Francisco, gratos pela bondade de um homem que deu sua vida a serviço de todos”.

Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia

Francisco: bispos UE, “uma voz profética” em "tempos difíceis marcados por múltiplas crises no mundo inteiro"

 

"Com profunda gratidão e emoção, lembramos de nosso Santo Padre Francisco, que liderou incansavelmente a Igreja com coragem e força em anos marcados por múltiplas crises no mundo inteiro. Em tempos tão difíceis, ele nunca teve medo de enfrentar desafios e de oferecer sua voz profética, sempre motivado pelo desejo de levar a alegria do Evangelho aos homens e mulheres de nosso tempo". Assim escreve dom Mariano Crociata, presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (Comece), em uma declaração divulgada esta segunda-feira.

"O Papa Francisco foi verdadeiramente uma das grandes testemunhas de nosso tempo, amado e respeitado até mesmo pelos não crentes, e cuja primeira preocupação foi sempre com os membros mais frágeis da Criação de Deus. Sua voz falou aos corações com simplicidade e profundidade, por meio de gestos concretos de amor, escuta e proximidade".

Dom Crociata repercorre no comunicado os encontros que a Comece teve com o Santo Padre ao longo de seu Pontificado, sempre recebendo “seu encorajamento para prosseguir com força nossa missão de diálogo com as instituições da União Europeia”. Crociata recorda “com emoção e inspiração” a visita do Santo Padre ao Parlamento Europeu em 2014, o encontro no Rethinking Europe em 2017, a audiência com a Assembleia Plenária da Comece em 2023, bem como as audiências anuais concedidas à nossa Presidência e as preciosas mensagens que o Papa dedicou constantemente à União Europeia, promovendo o diálogo e a paz. Crociata também agradece ao Papa Francisco por ter estado sempre “ao lado das vítimas de abuso sexual dentro da Igreja”, por sua atenção à ecologia e à sustentabilidade, pela encíclica Fratelli Tutti, que “reafirma com coerência e firmeza que as diferenças nos enriquecem e que, apesar de tudo, somos todos irmãos e irmãs”. “Por essa razão - escreve Crociata -, devemos nos aproximar uns dos outros, construindo pontes em vez de muros, abandonando a guerra como meio de resolver conflitos e abraçando a escuta, o diálogo e a diplomacia”. "Em sua memória e à luz de seu exemplo, continuaremos nosso serviço à Igreja e ao bem comum da Europa com um compromisso renovado. Obrigado, Santo Padre. Descanse em paz".

Conferência Episcopal Argentina

Papa Francisco: bispos argentinos, “um guia humilde e firme no Evangelho”

 

“Com profunda dor e com a esperança certa da Páscoa, expressamos nossa enorme tristeza pela morte do Santo Padre Francisco, ocorrida na manhã desta segunda-feira de Páscoa”. Assim se expressou a Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina, em nome de todos os bispos do país, em uma mensagem divulgada esta segunda-feira. “Agradecemos a Deus pela vida, ministério e testemunho de fé - diz a mensagem - de alguém que soube conduzir a Igreja universal com humildade, firmeza evangélica e amor incondicional pelos pobres, rejeitados e sofredores”. Seu magistério, continua o texto, “deixa uma marca indelével no caminho da Igreja”. Os prelados asseguram orações por seu descanso eterno e convidam todas as comunidades a celebrar a Eucaristia em memória do Papa, renovando a fé no Cristo ressuscitado: “Que Maria, Nossa Senhora de Luján, o acolha em seu coração materno”.

Bispos alemães recordam Francisco

“compromisso com os fracos e marginalizados, inovador corajoso, construtor de pontes”

O cardeal de Colônia, arcebispo Rainer Maria Woelki, enfatizou o compromisso de Francisco com os fracos e marginalizados. “Sentiremos falta de sua constante e vigilante admoestação à justiça social e à proteção da criação como nossa ‘casa comum’, bem como de seus impulsos para a cooperação sinodal na Igreja e a proclamação do Evangelho a todos os povos”, disse o arcebispo em um comunicado. Francisco foi uma importante fonte de inspiração para sua arquidiocese, por exemplo, no que diz respeito ao relacionamento com os pobres, os sem-teto e os refugiados. O bispo de Mainz, dom Peter Kohlgraf, chamou a morte do Papa de um momento dramático e triste. Mas também é grato porque “ele queria uma Igreja sinodal que, se necessário, se mostrasse machucada e certamente se assemelhasse a um hospital de campanha onde as pessoas fossem tratadas em sua fragilidade ou sofrimento social”. A migração, a crítica ao capitalismo e o compromisso com a paz não eram questões marginais para ele", escreveu dom Kohlgraf. O bispo de Essen, dom Franz-Josef Overbeck, chamou Francisco de “Papa do cuidado pastoral”. Para ele, “seu serviço é de proximidade com as pessoas, com suas preocupações e necessidades em tempos de ‘globalização da indiferença’, como ele a chamou”.

O bispo de Augsburg, dom Bertram Meier, elogiou Francisco como alguém que agiu corajosamente: "Como Francisco de Assis, ele fez tudo para edificar espiritualmente a Igreja. Sua preocupação com os pobres e marginalizados é parte integrante de seu testamento", disse dom Meier. A proteção da criação e o compromisso com a justiça global também eram temas caros a ele. O arcebispo de Hamburgo, dom Stefan Heße, descreveu o Papa Francisco como um grande construtor de pontes: “Para ele, uma ‘Igreja maltratada’, uma ‘Igreja à margem’, era mais importante do que uma Igreja que ostenta sua santidade”, disse dom Heße.

Conferência Episcopal Romena

Papa Francisco: cardeal Muresan, “seu apelo à unidade continuará a inspirar gerações inteiras”

 

“O exemplo de dedicação e de fé do Papa continua sendo um farol luminoso em nossas vidas”, escreve o cardeal Lucian Mureșan, arcebispo-mor da Igreja Romena Unida a Roma, greco-católica, e presidente da Conferência Episcopal Romena, em uma mensagem publicada após a notícia da morte do Santo Padre Francisco. Recordando a visita do Pontífice argentino à Romênia (31 de maio a 2 de junho de 2019), o cardeal destacou que “sua mensagem compassiva e seu apelo à unidade continuarão a inspirar gerações inteiras, e sua memória será preservada com gratidão nos corações de todos aqueles que encontraram em suas palavras uma exortação para um mundo mais justo, fraterno e humano”. "Os bispos, o clero, as pessoas consagradas e os fiéis católicos da Romênia - assegura o cardeal Mureșan - elevam suas orações, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria e dos bem-aventurados bispos mártires católicos gregos beatificados pelo Papa Francisco em Blaj, pedindo ao Pai Celestial o descanso eterno para a alma do Santo Padre". Esta noite, conforme anunciado pelas Cúrias Episcopais de Blaj e Bucareste, tanto a Catedral Greco-Católica da Santíssima Trindade, em Blaj, quanto a Catedral Católico-Romana de São José, em Bucareste, celebrarão a Missa e o Réquiem pelo Papa falecido.

Bispos da Hungria, Malta, Lituânia e Principado de Mônaco

Francisco, “Exemplo de amor, sobretudo para com os pobres”

"Com o coração cheio de gratidão ao Deus Providente, lembramos de sua pessoa e de seu serviço. Sua vida inteira foi um testemunho para todos nós". Os bispos da Hungria escreveram isso em uma mensagem descrevendo Francisco como um “exemplo de amor, sobretudo para com os pobres, os oprimidos e os necessitados”. Ele tinha com os húngaros e a Hungria “um vínculo especial que nos mostrou por meio de inúmeros gestos, bem como por meio de suas viagens ao país”, lembram os bispos. O arcebispo de Vilnius, Gintaras Grusas, por sua vez, recordou como o Papa Francisco “incansavelmente encorajou as pessoas a redescobrirem a beleza da fé, a alegria do Evangelho e a fraternidade entre os povos”. Constantemente envolvida pela atenção do Santo Padre, a Igreja lituana experimentou com alegria a visita do Papa em 2018 e o cardinalato de dois arcebispos (Tamkevičius e Makrickas). É por isso que convida todos a rezar “com gratidão pelas graças experimentadas durante seu Pontificado”. Para o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, Francisco foi “o missionário da misericórdia de Deus”. Unido ao Papa por uma forte relação de confiança e trabalho, Sclcluna recordou a visita de Francisco às ilhas maltesas em 2022, depois de ter sido adiada várias vezes devido à pandemia. Da Diocese do Principado de Mônaco, dom Dominique-Marie David convidou todos os fiéis “a rezar pelo repouso da alma do Sumo Pontífice, a agradecer por seus anos de Pontificado e a confiar o futuro da santa Igreja a Deus”.

Última atualização às 17h32

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21 abril 2025, 10:32