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Indígenas aguardam vacina contra coronavírus na Aldeia Correnteza, Terra Indígena Rio Urubu, da etnia Mura, nas margens do rio Urubu em Itacoatiara, Amazonas, Brasil, 13 de fevereiro de 2021. REUTERS / Bruno Kelly Indígenas aguardam vacina contra coronavírus na Aldeia Correnteza, Terra Indígena Rio Urubu, da etnia Mura, nas margens do rio Urubu em Itacoatiara, Amazonas, Brasil, 13 de fevereiro de 2021. REUTERS / Bruno Kelly 

A mensagem de solidariedade da REPAM aos povos amazônicos

A Rede Eclesial Pan-Amazônica divulgou uma mensagem onde, entre outros, apresenta o mapa com o número de contágios e óbitos na região pan-amazônica.

Vatican News

Por meio “Mensagem de solidariedade aos povos amazônicos”, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) lançou um pedido de ajuda para enfrentar a catastrófica situação vivida nas últimas semanas entre os povos da Amazônia.

A mensagem, publicada na quinta-feira, 18, afirma que nos últimos meses, foi observado “um aumento alarmante do número de infecções e mortes causadas por Covid-19 em toda a Pan-amazônia. Mais uma vez, surgiram as deficiências do sistema de saúde, causando um aumento desproporcional das consequências da pandemia: falta de leitos nos hospitais, oxigênio e equipamentos de proteção, pessoas vivendo na pobreza, desigualdades sociais, entre outros efeitos em diferentes localidades”

A situação crítica em Manaus - onde oficialmente morreram quase 5 mil pessoas este ano – e em todo o Estado do Amazonas, “é um claro exemplo da ausência de políticas públicas de saúde eficientes e revela nossa fragilidade no cuidado à vida humana, que também está afetando outras regiões da Panamazônia”.

 

A mensagem também traz o mapa que a REPAM vem fazendo desde 17 de março de 2020 com a evolução dos casos, e que em seu último relatório semanal chegou aos 2.025.223 casos confirmados e 50.364 mortes por coronavírus em toda a Pan-amazônia, situação que se agravou radicalmente nos últimos dois meses.

O Brasil responde por 76,3% do total de casos, seguido pelo Peru - 11,7%, Colômbia - 4,7%, Bolívia - 4,3% e os demais países com menos de 1%. O país também lidera o percentual de óbitos, com 69,8%, seguido pela Bolívia - 15,1%, Peru - 8,1%, Colômbia - 5% e os demais países com menos de 1%.

A mensagem da REPAM reconhece “o esforço e a dedicação da Igreja Católica presente na Amazônia em ações emergenciais de ajuda humanitária, a fim de ajudar a amenizar os efeitos da segunda onda da pandemia”, acrescentando que “o Papa Francisco acompanhou de perto este momento, oferecendo também a sua oração, solidariedade e proximidade a toda a nossa região. São diferentes campanhas e pessoas envolvidas nesta grande ação, pessoas que estão oferecendo trabalho e recursos financeiros para cuidar dos outros.”

A REPAM também destaca o trabalho conjunto com a Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), à qual se uniu "na realização da campanha “O Grito da Selva - Vozes da Amazônia”, que será lançada nos próximos dias, com o objetivo de fortalecer a luta dos povos indígenas pelo direito à saúde integral.

Neste sentido, fazem um pedido aos governos nacionais, para que “não meçam esforços para a compra e distribuição de vacinas para a região amazônica. O Papa Francisco nos chama a sermos responsáveis: “Todos devem ser vacinados. Não é uma opção, é uma ação ética, porque a sua saúde, a sua vida, mas também a vida dos outros estão em risco”. 

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19 fevereiro 2021, 15:02