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Palestinos se deslocam para o campo de Rafah, perto da fronteira egípcia, sul da Faixa de Gaza, 27 de janeiro de 2024. EPA/MOHAMMED SABER Palestinos se deslocam para o campo de Rafah, perto da fronteira egípcia, sul da Faixa de Gaza, 27 de janeiro de 2024. EPA/MOHAMMED SABER  (ANSA)

Que Israel adote medidas para prevenir atos de genocídio em Gaza, pede Tribunal de Haia

Pronunciamento do Tribunal em resposta ao recurso da África do Sul. A resposta de Israel: “Considerar esta acusação é uma vergonha. A nossa guerra é contra os terroristas do Hamas e não contra o povo palestiniano”. No olho do furacão rambém a agência da ONU para os refugiados palestinos.

Alessandro Guarasci - Cidade do Vaticano

O Tribunal Internacional de Justiça de Haia ordenou ontem que Israel “adotasse todas as medidas para prevenir qualquer ato de genocídio em Gaza”, mas não pediu um cessar-fogo. Para examinar a decisão do Tribunal de Haia, o Conselho de Segurança da ONU decidiu reunir-se na quarta-feira.

Mortos palestinos são mais de 26 mil 

 

Portanto, para o Tribunal de Haia, é necessário fazer mais para proteger a população de Gaza, vítima dos bombardeamentos do exército israelense. Contudo, a reação de Israel à palavra “genocídio” é muito dura. O primeiro ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “levar em consideração esta acusação é uma vergonha. A nossa guerra é contra os terroristas do Hamas e não contra o povo palestino”.

A África do Sul, que levou o caso ao Tribunal, fala de “vitória para o direito”, enquanto para o Hamas a ação do Tribunal é um passo importante que contribui para isolar Israel. Segundo o Ministério da Saúde palestino, mais de 26 mil pessoas morreram desde o início do conflito.

Acusações contra agência da ONU 

 

Mas a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (sigla em inglês UNRWA, United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East) também acabou no olho do furacão devido ao suposto envolvimento de alguns dos seus funcionários no ataque de 7 de outubro. Depois dos EUA e Austrália, também Itália e Canadá retiraram o apoio econômico ao organismo. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, foi informado pelo comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, sobre as alegações envolvendo vários funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos nos ataques terroristas de 7 de outubro em Israel. Num comunicado do porta-voz, Guterres disse estar “horrorizado com a notícia, pediu a Lazzarini que investigasse rapidamente o assunto e garantisse que qualquer funcionário da UNRWA que tenha participado ou facilitoadoos ataques seja imediatamente demitido e encaminhado para potencial processo criminal”.

Catar continua a mediar a libertação dos reféns

 

As conversações, mediadas pelo Qatar, prosseguem para a libertação dos reféns israelenses, mas os EUA fizeram saber que não se espera nenhum anúncio para breve. O presidente dos EUA, Joe Biden, agradeceu ao líder egípcio Abdel Fattah al-Sisi pelo “importante papel” do Egito. Os dois líderes também falaram da necessidade de intensificar esforços para “aumentar ainda mais as entregas de assistência humanitária crucial” em toda a Faixa de Gaza. Biden também conversou por telefone  na sexta-feira com o emir do Catar, Tamim Bin Hamad Al-Thani.

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27 janeiro 2024, 08:23