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Arcebispo Gabriele Caccia Observador Permanente da Santa Sede na ONU Arcebispo Gabriele Caccia Observador Permanente da Santa Sede na ONU 

Santa Sé na ONU: a água é uma fonte de vida

Durante a Conferência da Água, realizada de 22 a 24 de março em Nova Iorque, o arcebispo Gabriele Caccia, Observador Permanente da Santa Sé na ONU, fez um pronunciamento acerca da revisão global intermediária da implementação das metas traçadas para 2018 a 2018.
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Vatican News

O arcebispo Gabriele Caccia, realizou um pronunciamento durante a Conferência de Nova Iorque e relembrou que o significado fundamental da água se reflete nas tradições culturais, sociais e religiosas. Sendo ela um recurso imprescindível para a vida humana, afirmou que “o acesso universal à água, seu uso e gestão sustentável e responsável são indispensáveis para a realização do bem comum de toda a família humana”. Deste modo, quis ressaltar que, em se tratando da busca por um desenvolvimento sustentável, cada uma das suas três dimensões deve ser considerada: econômica, social e ambiental

Aqueles que mais sofrem

Observou ainda o arcebispo, que são os mais pobres que sofrem com a falta de água, e que milhares morrem todos os dias das consequências de sua escassez, principalmente da água potável. Retomando as palavras do Papa Francisco, na encíclica Laudato Si, afirmou: “que o problema da água é, em parte, uma questão educativa e cultural, já que pouco se tem consciência da gravidade de tal comportamento em um contexto de grande desigualdade”, sendo assim, relembrou que o uso racional da água e uma maior solidariedade na gestão dos recursos foi um pedido do próprio Pontífice.

Segundo a dimensão econômica, intrinsecamente envolvida na questão da disponibilidade do recurso para a população, o Observador Permanente da Santa Sé reafirmou que “a responsabilidade primária pela gestão dos recursos hídricos é dos governos”, mas, relembrando mais uma vez Francisco, alertou que é preciso resguardar-se da tendência “de privatizar esse recurso, transformando [a água] em uma mercadoria sujeita às leis do mercado”.

Caminhando para o final de seu discurso, monsenhor Caccia ressaltou que os efeitos das mudanças climáticas, que se manifestam na forma de inundações, secas, aumento das temperaturas e desastres naturais ressaltam ainda mais nossa dependência da água para a sobrevivência, enfatizou a urgência de “uma ação comum para combater a mudança climática e implementar medidas para mitigar suas consequências”.

Um apelo final

“A água é uma fonte de vida”, concluiu o Observador, “os direitos humanos à água potável segura e ao saneamento estão intimamente relacionados com o direito à vida e à dignidade humana, e devem ser acompanhados por gestos pessoais e comuns de respeito aos recursos naturais e aos nossos irmãos e irmãs que carecem dos recursos básicos de que necessitam para sua sobrevivência”. Com este apelo ao presidente da ONU, Caccia quis convocar também a todos para aproveitar a oportunidade histórica deste encontro para assumirem juntos o compromisso de garantir o acesso a este bem precioso para todos partindo de ações de cuidado com meio ambiente.

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24 março 2023, 11:02