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A mensagem em vídeo do cardeal foi divulgada nesta sexta-feira (9) A mensagem em vídeo do cardeal foi divulgada nesta sexta-feira (9)

Cardeal Czerny se une a movimento pelo desarmamento real através do diálogo aberto

Para evitar o "círculo vicioso do mal que a Igreja sempre propôs o desarmamento real, compartilhado e integral", afirmou o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano, cardeal Michael Czerny. Ele gravou mensagem em vídeo para conferência de lançamento da "Aliança pelo Desarmamento e Justiça Social" (APDJ), com atuação a partir da América Latina.

Andressa Collet - Vatican News

O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano, cardeal Michael Czerny, enviou uma mensagem em vídeo nesta sexta-feira (8) aos participantes de uma conferência de lançamento da "Aliança pelo Desarmamento e Justiça Social" (APDJ), uma rede composta por homens e mulheres de boa vontade que, a partir de diferentes espiritualidades e filosofias, unem forças através do diálogo inter-religioso e em favor do desarmamento. O webinário, promovido pela Igreja local junto a organizações católicas nacionais e internacionais, além de acadêmicos e especialistas da América Latina, foi realizado desde Medellín, na Colômbia.

Na mensagem em espanhol, o cardeal começou agradecendo a lembrança do Vaticano em participar do lançamento desse "movimento como organização internacional" e em oposição à guerra que é "um imenso mal. Tudo em que toca, destrói. Não só prejudica os combatentes de todos os lados, mas, com muito mais gravidade, prejudica a população civil, destrói os seres humanos e a natureza ao seu redor. É baseado na mentira e desencadeia círculos viciosos de mais violência e mais mortes".

A guerra, continuou o cardeal Czerny, "quase sempre começa por razões que podem ser resolvidas antecipadamente através do diálogo e da negociação, sem armas e com a ajuda dos outros. Mas, como estamos vendo hoje na Ucrânia e em outros lugares, se você parar de negociar e entrar em guerra, nunca sabe como o conflito terminará".

E é justamente por isso, "para evitar todo esse círculo vicioso do mal, que a Igreja sempre propôs o desarmamento real, compartilhado e integral, administrado através de um processo multilateral internacional", confirmou o cardeal: "qualquer solução que busquemos para acabar com a corrida armamentista que se abateu sobre o mundo nos últimos anos, requer a consciência e o compromisso de um diálogo real, franco e aberto". 

O caminho para acabar com a guerra

Essa abertura à mudança, acrescentou ainda o prefeito, tem sido enaltecida pelo Papa Francisco, seja pelo documento sobre a Fraternidade Humana ou em discursos proferidos em viagens apostólicas ou em encontros dos últimos anos com importantes representantes e líderes de outras religiões. O Pontífice tem mostrado que "olhar e estar ao lado das vítimas", disse o cardeal em mensagem em vídeo, "é o caminho para acabar com a guerra e nos encher com a força do Espírito para a reconciliação. Para os bispos na missa em Medellín ele disse: 'se quiserem a reconciliação e o fim da guerra, vão acompanhar as vítimas. Coloquem suas mãos sobre os corpos ensanguentados do seu povo'".

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09 dezembro 2022, 23:30