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Armida Barelli aos 50 anos Armida Barelli aos 50 anos 

Cardeal Parolin celebra primeira memória litúrgica da Beata Armida Barelli

Neste sábado (19), em Roma, o secretário de Estado do Vaticano presidiu uma missa pela primeira memória litúrgica de Armida Barelli, italiana beatificada em 30 de abril de 2021. "Uma mulher", escreveu Francisco, "que fez do laicato um antídoto para a auto-referencialidade".

Paolo Ondarza - Vatican News

Por ocasião da primeira memória litúrgica da Beata Armida Barelli, na tarde deste sábado (20) o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, celebrou missa na Igreja Domus Mariae, em Roma. A celebração foi organizada pela presidência nacional da Ação Católica Italiana e pelo comitê de canonização. Após a Eucaristia, uma relíquia da italiana, beatificada em 30 de abril na Catedral de Milão, foi colocada na igreja dedicada a Maria Imaculada.

A Consagração em Assis

Era 19 de novembro de 1919 quando a consagração da Beata Armida, junto com o primeiro grupo de Missionários da Realeza, aconteceu na pequena igreja de San Damiano, em Assis. Significativamente, a data foi escolhida para celebrar a memória litúrgica da fundadora da Juventude Feminina da Ação Católica e co-fundadora da Universidade Católica do Sagrado Coração, do Instituto Secular das Missionárias da Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Obra da Realeza para a Liturgia.

A intuição do laicato feminino

"Entre as intuições de Armida Barelli" - afiram um comunicado divulgado pela Ação Católica Italiana - "está a de um laicato formado, capaz de levar valores evangélicos ao mundo, um laicato não só masculino, mas também feminino. Em anos complexos como os que se seguiram à II Guerra Mundial, antecipou o protagonismo da mulher na Igreja e na sociedade. Para que as jovens pudessem se dedicar ativamente à realidade do seu tempo, Barelli se dedicou à formação e instrução delas. Estar para agir, instruir para educar, santificar para santificar foram as palavras de ordem propostas às jovens e que tomaram forma concreta em uma variedade de iniciativas eclesiais, culturais e sociais".

O reconhecimento do milagre atribuído à intercessão de Armida Barelli ocorreu em 20 de fevereiro de 2021: foi a cura de uma mulher de então 65 anos, Alice Mascini, que havia sido atropelada por um caminhão em 5 de maio de 1989 enquanto andava de bicicleta, colocando a sua vida em perigo. A sobrinha, membro da Ação Católica, continua a nota, "rezou fervorosamente à Venerável Barelli. Dez dias depois, a mulher se recuperou perfeitamente".

Laica e santa

Já na manhã de sábado (19), no Santuário de São Damião em Assis, uma missa foi celebrada e presidida por dom Claudio Giuliodori, assistente eclesiástico geral da Universidade Católica do Sagrado Coração. Armida Barelli - escreveu o Papa Francisco no prefácio do livro 'La zingara del buon Dio. Storia di una donna che ha cambiato un'epoca', publicada por San Paolo - com seu trabalho contribuiu decisivamente para a promoção das jovens cristãs na primeira metade do século XX: "é uma mulher que fez do laicato um antídoto para a auto-referencialidade, uma característica que nos permite caminhar juntos para encontrar pessoas na condição particular em que vivem". A experiência da Beata, segundo o Pontífice, "marca um passo decisivo na visão dos leigos: não mais uma condição de minoria, mas a descoberta de como essa experiência laical, dentro do Povo de Deus, seja o caminho para viver a santidade".

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20 novembro 2022, 08:00