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Encontro do Papa com o presidente do Comitê Olímpico Internacional Thomas Bach em 20.09.2022 (Vatican Media) Encontro do Papa com o presidente do Comitê Olímpico Internacional Thomas Bach em 20.09.2022 (Vatican Media)

Santa Sé e COI aos líderes mundiais: basta com a guerra, que se escolha a fraternidade

Apelo conjunto a "seguir o caminho da paz" assinado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o Dicastério para a Cultura e a Educação, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral

Vatican News

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Até mesmo o supremo organismo mundial do esporte reconhece isto: há uma guerra em pedaços em curso no planeta, como diria o Papa. "Uma guerra mundial combatida de forma fragmentada", com mais de 100 milhões de pessoas "obrigadas a fugir de suas casas", com famílias divididas e "inúmeras mães, pais, filhos e filhas" que "vivem com medo, sem poder praticar sua fé, perseguir seus sonhos de uma vida melhor ou até mesmo simplesmente praticar o esporte".

Flagelos e solidariedade "poderosa"

Inicia-se com intensidade o apelo intitulado "Seguir o caminho da paz" e assinado pelo COI, o Comitê Olímpico Internacional, através de seu presidente Thomas Bach, e por três chefes de Dicastérios da Cúria Romana, o cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e o cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. O tema do apelo - que segue a audiência de Francisco com o presidente do COI no final de setembro passado por ocasião da Cúpula "Esporte para Todos" - é a exortação a redescobrir uma harmonia internacional que a guerra na Ucrânia e as outras crises armadas espalhadas pelo globo romperam, juntamente com outros eventos, a começar pela pandemia.

"Os flagelos da guerra, as mudanças climáticas e as dificuldades econômicas trouxeram dor e sofrimento indescritíveis a milhões de pessoas no mundo inteiro", lê-se no texto do comunicado. Uma "tragédia humana" de um mundo que "ainda está se recuperando de uma pandemia global que nos lembrou o quão vulneráveis todos os seres humanos podem ser". Mas há uma lição que os signatários destacam, o "poderoso senso de solidariedade mútua que surgiu da crise de saúde" sobre a qual a resposta aos "muitos desafios que ameaçam a humanidade e nosso planeta hoje" pode se apoiar.

Esporte, instrumento inclusivo

Daí, o apelo aos líderes mundiais a "buscar soluções justas e pacíficas para todas as controvérsias e conflitos. Nós os convidamos - pedem os signatários - a promover o diálogo, a compreensão e a fraternidade entre os povos e a defender a dignidade de cada homem, mulher e criança, especialmente dos pobres, dos marginalizados e daqueles que sofrem com a violência da guerra e dos conflitos armados".

"Deus - conclui o apelo - quer a paz e a unidade de nossa família humana" e também do esporte vem uma lição útil "para o bem de cada nação e de cada povo". "Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos - afirma o apelo - são um grande símbolo desta unidade, pois reúnem indivíduos e povos em uma competição saudável e incentivam nosso mundo a ver a competição atlética como um caminho autêntico para a paz, baseado na disciplina pessoal e no compromisso com o trabalho em equipe, na busca da excelência".

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25 outubro 2022, 13:00