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Iniciativa solidária das Villas Pontifícias para os pobres de Roma

A “fazenda” do Papa, nas Villas Pontifícias de Castel Gandolfo, produz leite e laticínios há muitos anos, desde o início da emergência fazem doações aos pobres de Roma. Entrevista com o diretor Andrea Tamburelli que descreve a fazenda do Papa como “um ecossistema com uma visão econômica e social harmônica em linha com a encíclica Laudato si’”

Cidade do Vaticano

Todos os dias os pobres de Roma recebem 200 litros de leite fresco e iogurte, produzidos pela “fazenda” das Villas Pontifícias de Castel Gandolfo. A entrega é feita pontualmente todas as manhãs antes das sete horas, ao cardeal esmoleiro Konrad Krajewski diretamente no Vaticano.

Andrea Tamburelli, diretor das Villas Pontifícias explica: “Demos início a esta iniciativa de solidariedade em resposta aos apelos do Papa Francisco que, desde o início da emergência causada pela pandemia, está nos recordando que os pobres não podem ser deixados sozinhos”.

“Doar parte do leite produzido todos os dias pela fazenda do Papa – esclarece – é um sinal muito concreto para relançar o convite do Pontífice para não ficarmos fechados em nós mesmos, para abrirmo-nos generosamente às necessidades das pessoas mais pobres e sozinhas, principalmente nestes tempos difíceis”.

Doações continuam depois da emergência

“Além disso”, conta o diretor, “começamos a doar o leite no dia 13 de março, data do sétimo aniversário da eleição do Papa Francisco: tenho certeza de que não poderíamos ter dado um 'presente' melhor ao Papa". Obviamente, garante o diretor Tamburelli, “a fazenda das Villas Pontifícias continuará a entregar o leite aos pobres assistidos pela Esmolaria Apostólica também depois da emergência”.

Todos os dias, conta, “a fazendo produz cerca de 800 litros de leite, metade dos quais é vendido no supermercado Annona, o pequeno supermercado do Vaticano para funcionários. A outra metade é transformada na histórica fábrica de laticínios de Castel Gandolfo em iogurte, queijos frescos e curados, também vendidos no Vaticano”.

Fazenda do Papa: modelo de ecologia integrada

Depois de recordar que ajudam também a Cáritas de Albano e alguns institutos religiosos da região de Castel Gandolfo, Tamburelli afirma que este gesto solidário faz parte natural do “serviço” das Villas Pontifícias, que estão se tornando cada vez mais “um modelo de ecologia integrada respeitando o meio-ambiente, o homem e os animais”. Enfim, “um ecossistema com uma visão econômica e social harmônica” em linha com a encíclica Laudato si’.

Portanto, um pequeno-grande modelo. Mas “para a fazenda do Papa não poderia ser diferente”, afirma ainda o diretor. Na consciência de que as Vilas Pontifícias estão assumindo cada vez mais a dimensão de “polo cultural” como verdadeiro “patrimônio da humanidade”, a sua missão é colocar em campo uma estratégia “que não focalize exclusivamente o lucro, mas que tenha ao centro o respeito pela criação: homens, animais e ambiente”.

Com seus 54 funcionários, a fazenda – conclui o diretor – confirma que é possível realizar uma economia não egoísta, uma economia solidária, à medida do homem e para o homem, que seja mais justa, fraterna, sustentável e com um novo protagonismo dos que hoje são excluídos. Exatamente como ensina o Papa Francisco.

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06 maio 2020, 11:38