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Cemitério Teutônico situado dentro do Vaticano Cemitério Teutônico situado dentro do Vaticano 

Iniciados os trabalhos de abertura dos túmulos no Cemitério Teutônico

Antes do início dos trabalhos, o reitor do cemitério, Hans-Peter Fischer, fez uma oração diante dos dois túmulos.

Cidade do Vaticano

Tiveram início, na manhã desta quinta-feira (11/07), às 8h15, hora italiana, os trabalhos de abertura de dois túmulos do Cemitério Teutônico, situado dentro do Vaticano, para verificar se há restos mortais de Emanuela Orlandi, jovem que desapareceu misteriosamente no centro de Roma, na tarde do dia 22 de junho de 1983, aos quinze anos, filha de um cidadão vaticano, funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia.

Antes do início dos trabalhos, o reitor do cemitério, Hans-Peter Fischer, fez uma oração diante dos dois túmulos. Graças ao trabalho do Corpo de Gendarmaria Vaticana, todas as precauções possíveis foram tomadas a fim de garantir o desempenho adequado do procedimento, respeitando a privacidade das famílias envolvidas, a sacralidade do lugar, o sigilo da investigação, mas também todas as garantias para as partes. A área foi coberta por tendas, no caso de chuvas esses dias em Roma, e para maior privacidade.

“No momento, não é possível prever os tempos de duração para a conclusão dessas operações, que envolvem cerca de quinze pessoas”, declarou o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

Os funcionários da Fábrica de São Pedro trabalham na abertura e fechamento dos sepulcros, e o professor de Medicina Legal na Universidade Tor Vergata, doutor Giovanni Arcudi, especialista em antropologia forense, é o responsável pela análise dos restos mortas e pela coleta de amostras para posterior teste de DNA, ajudado por sua equipe, na presença de um especialista de confiança, nomeado pelo advogado da família Orlandi.

Estão presentes o Promotor de Justiça do Estado da Cidade do Vaticano, dr. Gian Piero Milano, e o seu vice, Alessandro Diddi, e o comandante do Corpo da Gendarmaria Vaticana, Domenico Giani.

Conforme indicado no decreto do Promotor de Justiça Vaticano, as operações são feitas no “Túmulo do Anjo”, da princesa Sophie von Hohenlohe, e no túmulo adjacente onde foi sepultada a princesa Carlotta Federica de Mecklenburg.

Embora o túmulo indicado pelo advogado da Família Orlandi seja o do Anjo, que tem nas mãos um livro aberto com a inscrição “Requiescat in pace”, o Promotor de Justiça ordenou a abertura dos dois túmulos, a fim de evitar possíveis mal-entendidos sobre qual poderia ser o túmulo indicado, visto que os dois túmulos são vizinhos e parecidos.

Por razões processuais e de acordo com o sigilo da investigação, a identidade dos familiares das duas princesas ali sepultadas não será revelada. Obviamente, trata-se de descendentes que foram informados das operações e que, em nome da verdade, garantiram a sua total disponibilidade e colaboração com a Santa Sé, em particular, com o Gabinete do Promotor de Justiça.

Os restos mortais ali encontrados serão analisados e estudados com relevos morfológicos já nessas horas pelo professor Arcudi e sua equipe, de acordo com protocolos internacionalmente reconhecidos. No final das operações, os restos mortais serão enviados ao laboratório para investigações de genética forense. Com o exame de DNA se alcançará a certeza de sua atribuição.

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11 julho 2019, 12:11