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Mensagem do Papa à 74ª Semana Litúrgica Italiana

A Semana Litúrgica tem como tema “Na liturgia, a verdadeira oração da Igreja”. Povo de Deus e ars celebrandi. “Fruto dos lábios que confessam o seu nome“ (Hb 13,15)”.

Silvonei José - Vatican News

O Secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Paroli enviou a dom Erio Castellucci, Arcebispo de Modena-Nonantola e Bispo de Carpi, em nome do Santo Padre, uma mensagem por ocasião dos trabalhos da 74ª Semana Litúrgica Italiana, promovida pelo Centro de Ação Litúrgica e acolhida pela Igreja de Modena-Nonantola, rica de história e de dons de santidade.

O Papa Francisco, ao dirigir sua saudação a todos aqueles que participarão da Semana como organizadores, palestrantes, conferencistas e voluntários, assegura uma especial recordação na oração, para o melhor êxito das sessões de estudo e dos momentos celebrativos.

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A Semana Litúrgica tem como tema “Na liturgia, a verdadeira oração da Igreja”. Povo de Deus e ars celebrandi. “Fruto dos lábios que confessam o seu nome“ (Hb 13,15)”.

A mensagem sublinha que esse tema nos leva de volta à especificidade da oração litúrgica, que evita todas as formas de individualismo e divisão. Ela é, de fato, “participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo”; é participação no sopro amoroso da Igreja-Esposa, que faz se sentir parte da comunidade dos discípulos de todos os lugares e tempos; é escola de comunhão que liberta o coração da indiferença, encurta a distância entre irmãos e irmãs e se conforma aos sentimentos de Jesus; é via mestra que nos transforma, educando-nos na Igreja para a vida boa do Evangelho.

Na sua mensagem, recordando Romano Guardini, afirma que a Liturgia “introduz toda a amplitude da verdade na oração; de fato, ela não é outra coisa senão o dogma rezado, a verdade revivida pela oração”. As palavras do grande teólogo reiteram a evidência da dimensão objetiva da liturgia, que “pede para ser celebrada com fervor, para que a graça derramada no rito não se disperse, mas chegue à experiência vivida de cada pessoa”.

Em sua Carta Apostólica sobre a Formação Litúrgica, o Papa Francisco recorda que os gestos próprios da assembleia, como o recolhimento, as posturas corporais, o silêncio, as expressões de voz, o envolvimento dos sentidos, são os modos pelos quais ela participa da celebração. Ele acrescenta que “realizar o mesmo gesto todos juntos, falar com uma só voz, transmite aos indivíduos a força de toda a assembleia.

Partindo dessas perspectivas, o Santo Padre desejou dar aos participantes algumas prioridades concretas para focalizar sua reflexão sobre a Liturgia como a “verdadeira” oração da Igreja.

O primeiro compromisso, que é exigido de nós, - destaca a mensagem -, é redescobrir a coralidade da oração litúrgica, por meio da qual, unindo-nos à língua materna da Igreja, nos tornamos um só corpo e uma só voz. Santo Agostinho nos lembrou da profunda relação de nossa oração com Cristo: quando rezamos, falamos com Deus, é o próprio Jesus que “reza por nós, reza em nós e é rezado por nós. [...] Reconheçamos, portanto, nossas vozes nele e as vozes dele em nós”. A beleza da verdade da oração cristã está justamente nesse entrelaçamento de vozes, que poderíamos chamar corretamente de coralidade.

O segundo aspecto proposto para seu compromisso com a pastoral litúrgica é a relação com o canto sacro. A música na liturgia não é um elemento ornamental, mas parte integrante e necessária dela (Sacrosanctum Concilium, 112), contribuindo, juntamente com as outras linguagens de que a liturgia é composta, para a epifania do mistério celebrado. De fato, no canto, os fiéis vivem e expressam sua fé. São Paulo VI escreveu sabiamente a esse respeito: “Se os fiéis cantam, não abandonam a Igreja; se não abandonam a Igreja, conservam a sua fé e a sua vida cristã”. O Papa recomenda, portanto, um cuidado especial, especialmente na celebração da Eucaristia dominical, recordando como no canto, através da concordância das vozes, se exprime a união espiritual dos que se comunicam, se manifesta a alegria do coração e se evidencia o caráter comunitário dos que se aproximam para receber a Eucaristia.

A terceira diz respeito ao silêncio para o qual a liturgia nos educa, como demonstram os constantes lembretes na sinaxe eucarística do ato de calar. O Papa, portanto, nos pede para contrariar o frenesi, o barulho e a tagarelice que nos minam na vida cotidiana, valorizando o silêncio sagrado, gesto eloquente, tempo favorável e espaço fecundo para permanecer no amor do Senhor, cultivar o olhar contemplativo, aprofundar a oração do coração e deixar-se transformar pelo Espírito.

A quarta e última dimensão que o Santo Padre confia aos cuidados dos participantes é a promoção da ministerialidade litúrgica, como fruto do ser Igreja de Pentecostes. A partir desse ponto de vista, e não de uma perspectiva funcional, é importante ler os ministérios a serviço da liturgia: neles, de fato, manifesta-se a diversidade dos dons que o Espírito Santo suscita na comunidade cristã. A presença de uma ministerialidade diversificada, alimentada pela comunhão em Cristo, nutre a participação ativa da assembleia e promove a corresponsabilidade na missão, manifestando, em termos concretos, a natureza sinodal da Igreja.

Na conclusão da mensagem o cardeal Parolin destaca que o Santo Padre, ao enviar a sua bênção a todos os participantes, espera que essas dimensões estimulem as comunidades cristãs a viver a oração litúrgica como um encontro com o Senhor Ressuscitado e com o seu Corpo que é a Igreja.

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26 agosto 2024, 18:00
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