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O Papa com a senhora Emilce Cuda e demais professores O Papa com a senhora Emilce Cuda e demais professores 

O Papa conversa com Emilce Cuda e os professores da Universidade Loyola de Chicago

Os professores anunciaram o lançamento de cursos acadêmicos realizados em conjunto entre as universidades das Américas do Norte, Central e do Sul. O professor Peter Jones, docente de Estudos Pastorais da Universidade Loyola fala sobre o “projeto de levar os estudantes universitários de todas as Américas a colaborar, de maneira análoga, com o processo sinodal em andamento”.

Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (13/05), no Vaticano, um grupo de professores da Universidade Loyola de Chicago, liderado pela secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina (PCAL), professora Emilce Cuda.

A Universidade Loyola de Chicago promoveu o evento "Construindo Pontes" (Building Bridges), diálogo Norte-Sul, em 24 de fevereiro, uma videoconferência entre o Santo Padre e os estudantes de 120 universidades das Américas. Esta iniciativa continuará com outros encontros na Santa Sé, para promover um processo sinodal universitário global.

Os professores anunciaram o lançamento de cursos acadêmicos curriculares, tanto em áreas humanas quanto em ciências exatas, que serão realizados em conjunto entre as universidades das Américas do Norte, Central e do Sul. O objetivo dos cursos é gerar processos de transmissão de tecnologia e integração do conhecimento entre os dois hemisférios para promover a reforma ecológica. Crises migratória, energética e alimentar estão no centro do projeto que conta com o apoio do Papa Francisco.

Sobre a audiência da delegação com o Papa, Felipe Herrera-Espaliat conversou com o professor Peter Jones, docente de Estudos Pastorais da Universidade de Loyola, em Chicago:

Por que vocês vieram a Roma e qual o objetivo do encontro com o Papa?

Viemos a Roma porque, depois do encontro que nossos estudantes mantiveram com o Papa Francisco, decidimos começar um caminho para que os estudantes universitários pudessem participar e colaborar, de maneira análoga, com o processo sinodal. A Secretária da CAL, que colaborou conosco para o desenvolvimento deste programa, falou ao Papa Francisco sobre esta iniciativa. Ele ficou entusiasmado com a ideia e decidiu falar aos estudantes, em videoconferência, no último dia 24 de fevereiro. Mas, na verdade, esta audiência foi a continuação daquele encontro, que tem como objetivo a continuação daquele trabalho e o desenvolvimento de outras formas de participação, para que os estudantes possam estar em sintonia com o processo sinodal no mundo inteiro”.

Qual a mensagem que o Papa lhes transmitiu na audiência? Quais foram suas impressões sobre este encontro pessoal com o Papa?

Este encontro pessoal com o Papa foi uma experiência extraordinária e única. Ele foi muito carinhoso, gentil, riu conosco e expressou a sua alegria por se encontrar com os estudantes. No encontro, conversamos sobre muitas coisas: a vida universitária, a experiência dos estudantes e sua transformação. Entregamos ao Papa um presente com as mensagens e desejos dos universitários, que participaram dos nossos encontros. A mensagem principal, que ele nos transmitiu, foi a necessidade de ensinar aos alunos, a partir do nosso exemplo pessoal, levando-os a aceitar a realidade: crises, tensões, divergências e maior esforço nas nossas relações, para enfrentar os momentos de transformação e, juntos, encontrar uma nova realidade e construir um futuro melhor. O Papa enfatizou, muitas vezes, que as tensões são normais, mas devem ser enfrentadas de modo construtivo”.

Prof. Jones, como esta mensagem do Papa pode influir nos projetos que o senhor está lançando em âmbito universitário?

Vamos permanecer aqui por uma semana e esta será nossa primeira experiência para aprofundar o trabalho que estamos fazendo. O Papa Francisco quis nos encontrar, por cerca de 45 minutos, para nos encorajar e apoiar. Isto, para nós, há um valor inestimável, mesmo porque ele também propõe recursos e pessoas idôneas para o bom êxito desta iniciativa. O Papa quer ação concreta, como os estudantes também querem, porque eles se cansaram de ouvir seus guias falar, mas sem dar o exemplo. Francisco nos apoia e também nós queremos incentivar os estudantes a levar adiante este importante trabalho de colaboração com outros estudantes, sobretudo nas Américas, onde começamos com o encontro de 24 de fevereiro, mas, agora, de modo mais importante, no mundo inteiro”.

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13 maio 2022, 14:02