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Francisco inicia 36ª Viagem Apostólica do Pontificado

Viagem a Malta, uma "oportunidade para ir às fontes do anúncio do Evangelho", como a definiu o Papa Francisco, em um lugar que viu o início da cristianização da ilha após o naufrágio do Apóstolo Paulo no ano 60 d.C. Uma viagem fortemente desejada pelo Pontífice e que também será marcada pelo tema da acolhida, mais atual do que nunca.

Vatican News

Teve início na manhã deste sábado, 2 de abril, a 36ª Viagem Apostólica do Pontificado de Francisco, que o leva desta vez à República de Malta. O voo A320 da ITA Airways partiu do Aeroporto Fiumicino às 8h39. Depois de 1h30 de voo e 686 km percorridos, o Papa chegará ao Aeroporto Internacional de Malta, em Luqa.

E no momento em que deixava o território italiano, o Pontífice enviou um telegrama ao presidente italiano Sergio Mattarella, recordando que realiza "uma visita pastoral a Malta, uma terra de beleza luminosa no centro do mediterrâneo e um porto milenar de múltiplos desembarques e partidas, na alegria de encontrar irmãos na fé e pessoas do lugar", dirigindo a ele e ao povo italiano suas cordiais saudações, com os "fervorosos votos de paz e serenidade."

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O lema da viagem apostólica do Papa Francisco "Eles nos trataram com rara humanidade" é tirado do versículo dos Atos dos Apóstolos com as palavras de São Paulo descrevendo a maneira como ele e seus companheiros foram tratados quando naufragaram na ilha no ano 60, durante a viagem que os levava a Roma. 

Na Audiência Geral da última quarta-feira, ao pedir orações por mais essa sua missão, assim se pronunciou:

“Nessa terra luminosa serei peregrino nos passos do Apóstolo Paulo, que ali foi acolhido com grande humanidade depois de ter naufragado no mar em seu caminho para Roma. Esta Viagem Apostólica será assim uma oportunidade para ir às fontes do anúncio do Evangelho, para conhecer pessoalmente uma comunidade cristã com uma história milenar e vivaz, para encontrar os habitantes de um país que está no centro do Mediterrâneo e no sul do continente europeu, hoje ainda mais comprometido em acolher tantos irmãos e irmãs em busca de refúgio. Já agora saúdo de coração todos vocês malteses: tenham um bom dia. Agradeço a todos aqueles que trabalharam para preparar esta visita e peço a cada um que me acompanhe em oração.”

O Papa Francisco é o terceiro Pontífice a visitar Malta depois de São João Paulo II em 1990 e 2001, e Bento XVI em 2010.

Refugiados ucranianos com o Papa na Santa Marta
Refugiados ucranianos com o Papa na Santa Marta

Encontro com refugiados ucranianos na Santa Marta

 

Antes de deixar a Casa Santa Marta em direção ao aeroporto Fiumicino, por volta das 7h40, o Papa Francisco encontrou algumas famílias de refugiados ucranianos, acolhidas pela Comunidade de Sant’Egidio, juntamente com o Esmoler de Sua Santidade.

No grupo estava uma mãe de 37 anos com duas filhas, de 5 e 7 anos, que chegaram à Itália há cerca de 20 dias provenientes de Lviv. A menina menor passou por uma cirurgia cardiológica e está sob supervisão médica em Roma.

Também havia duas mães, cunhadas, com seus 4 filhos, com idades entre 10 e 17 anos, hospedados em um apartamento oferecido por uma senhora italiana, vindos de Ternopil e também chegados a Roma há pouco mais de 20 dias. Os menores das duas famílias frequentam a escola em Roma.

A terceira família chegou há três dias, passando pela Polônia. São 6 pessoas provenientes de Kiev: mãe e pai, com três filhos, de 16, 10 e 8 anos, e uma avó de 75 anos. Eles também moram em uma casa oferecida por uma italiana para acolher refugiados.

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02 abril 2022, 08:37