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Papa à União das Províncias Italianas: desequilíbrios aumentam a marginalização

Ao saudar os presentes na Sala Clementina, o Santo Padre agradeceu pela oferta que fizeram à Esmolaria Apostólica, para ajudar os mais necessitados.

Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco encontrou na manhã deste sábado (27/4) na Sala Clementina, no Vaticano, 100 Presidentes da União das Províncias Italianas.

Em seu discurso, ao cumprimentar os presentes, o Santo Padre os agradeceu pela oferta que fizeram à Esmolaria Apostólica para ajudar os mais necessitados.

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Nosso tempo – disse o Papa - é caracterizado pelo desenvolvimento, cada vez mais rápido, de tecnologias sofisticadas e pelo progresso da pesquisa científica em diversos âmbitos. Isto poderia levar a supor que a ciência, a tecnologia e a livre iniciativa dos indivíduos são capazes de corresponder, eficazmente, com as necessidades da pessoa e da sociedade, impedindo o surgimento de todo tipo de marginalização e dando vida a uma sociedade harmoniosa, sem pobreza e exclusão.

Além dos benefícios e desenvolvimentos positivos, nos diversos setores, os desequilíbrios permanecem e até aumentam a marginalização, que precisa da contribuição e do esforço inteligente e solidário de todos para ser solucionada.

Daqui - disse Francisco - a necessidade de um trabalho de grupos e associações da sociedade civil e da ação consciente e constante, em diferentes níveis. E acrescentou:

As Províncias são expressão de um desses níveis, em que os poderes públicos são estruturados. De fato, surgem da agregação dos territórios, com um tecido histórico e cultural homogêneo, que justifica a sua longevidade e idoneidade”.

As áreas, em que as Províncias da Itália desenvolvem suas competências, são, sobretudo, as que cuidam das intervenções em defesa do solo e da consolidação das áreas de risco: viabilidade, grandes centros urbanos e escolas; elas garantem as condições ambientais necessárias e adotam medidas ​para evitar a degradação ambiental ou estrutural da nossa Casa comum.

As Províncias, por causa da sua longa história, - frisou por fim o Papa - devem estar cientes da importância do bem comum, que devem ser mantidos através de projetos e políticas, escolas e estradas seguras. Por isso, exortou:

Não posso deixar de expressar meu desejo de que todos continuem, com coragem e determinação, seu precioso trabalho, fazendo com que as Províncias sejam um centro propulsor de uma mentalidade, que saiba estabelecer o objetivo de um desenvolvimento realmente sustentável; que sejam inseridas na harmonia da imensa rede de relações e conquistas, proporcionadas pela natureza, pela história, pelo trabalho e pelo engenho das gerações que nos precederam”.

Íntegra do discurso (em italiano): https://is.gd/3XNQbH

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27 abril 2019, 12:28