Inundações deixam rastro de morte e destruição na Espanha
Vatican News
O mau tempo que atingiu o sudeste de Espanha, provocaram a morte de ao menos 51 pessoas na região de Valência, segundo uma nota do Centro de Coordenação Operativa Integrada do Ministério do Interior espanhol. O balanço ainda é provisório. Entre as vítimas há crianças e recém-nascidos. Há pessoas desaparecidas e comunidades isoladas.
Dezenas de pessoas passaram a noite em carros, em cima de telhados de lojas ou presas em seus veículos no meio da estrada, esperando para serem resgatadas. As chuvas foram particularmente intensas, especialmente no interior da província de Valência. Em algumas áreas, as fortes chuvas despejaram mais de 200 litros de água por metro quadrado em poucas horas, segundo dados da Agência Meteorológica Estadual (Aemet).
O serviço ferroviário entre Madrid e a cidade foi interrompido, dez voos cancelados e igual número adiados. Escolas e universidades permanecem fechadas. “Estamos enfrentando uma situação sem precedentes, que ninguém jamais viu”, acrescentou Mazòn. A Companhia elétrica Ibedrola informou que pelo menos 38 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, enquanto decorrem operações para restabelecer os serviços de eletricidade.
Todos os acessos à zona sul de Valência estão bloqueados. Municípios como Massanassa, Alfafar e Sedavì, ou municípios como La Torre e Horno de Alcedo foram fortemente afetados pelas cheias.
Autoridades da Região de Múrcia e de Aragão colocaram os seus recursos à disposição das autoridades valencianas para as ajudar na busca dos desaparecidos. O Ministério da Defesa anunciou que destacou 1.034 militares da unidade de emergência.
Vinte e seis pessoas, incluindo dois menores, foram levadas para um local seguro no município de Cullera, na província de Valência, após o transbordamento do rio Jùcar. E novas perturbações atmosféricas também são esperados para esta quarta-feira. A agência meteorológica nacional Aemet declarou alerta vermelho na região de Valência e o segundo nível de alerta mais elevado em partes da Andaluzia.
Os esforços de resgate também foram ativados no resto de Espanha: em Madrid, entre as 21h00 de ontem e a 1h30 desta noite, foram realizadas cerca de 100 intervenções, principalmente devido à queda de árvores no meio da estrada. No entanto, em nenhum caso foram relatados acidentes graves.
O que atingiu a Espanha chama-se Dana, sigla em espanhol para “Depressão Isolada em Altos Níveis”, um sistema de baixa pressão que se isola em altitude em relação à circulação geral. Este é um fenômeno muito temido em Espanha, especialmente nas zonas voltadas para o Mediterrâneo. Pode durar dias e causar situações potencialmente perigosas, especialmente se ocorrer no verão ou no outono, quando a temperatura da água superficial ainda é muito elevada. Segundo o governo espanhol, este ano é o pior Dana do século, comparável apenas aos desastres de 1982 e 1987.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui