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Secretário-geral da OTAN, Jens Soltenberg (Petras Malukas / Afp) Secretário-geral da OTAN, Jens Soltenberg (Petras Malukas / Afp)  (AFP or licensors)

Ucrânia: a OTAN desmente a hipótese de ceder territórios a Moscou

Enquanto a guerra entre Moscou e Kiev continua, a OTAN freia a proposta de um de seus representantes de ceder territórios à Rússia em troca da adesão da Ucrânia à Aliança. Enquanto isso, a Índia exclui Kiev da próxima reunião do G20 e deixa o convite para a cúpula aberto a Moscou. A ONU afirma que cerca de 10 mil civis foram mortos desde o início do conflito, sendo que um em cada vinte é uma criança.

Silvia Giovanrosa – Vatican News

"Nossa posição sobre o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia é clara e não mudou", declarou um porta-voz da Aliança Atlântica, após a controvérsia provocada pelas palavras do funcionário da OTAN, Stian Jenssen, segundo o qual uma maneira de entrar nas fileiras dos países do Pacto Atlântico poderia ser a Ucrânia ceder territórios à Rússia. "Será Kiev que decidirá quando e quais serão as condições para a paz", acrescentou. A resposta do conselheiro presidencial Podoliak foi dura: "trocar territórios por um guarda-chuva da OTAN? Isso é ridículo. Isso significa escolher deliberadamente a derrota da democracia, incentivar um criminoso global, preservar o regime russo, destruir o direito internacional e passar a guerra para outras gerações".

O não da Índia à participação da Ucrânia no G20

Cabe ao país anfitrião da cúpula decidir quais países não membros convidar e, no próximo G20, a ser realizado em Nova Dehli no outono do hemisfério norte, a Índia decidiu que a Ucrânia estará ausente, enquanto a porta permanece aberta para a Rússia, apesar de muitos apelos para deixar o Kremlin fora do grupo. Espera-se que Moscou compareça, e uma fonte do Kremlin informou que Putin ainda não descartou a possibilidade de comparecer pessoalmente. Kiev havia sido convidada para a cúpula na Indonésia em 2022 e para o G7 no Japão no início de 2023.

Continua-se a combater

A defesa ucraniana relatou um ataque de drones ao porto de Izmail, na fronteira com a Romênia, por onde costumava passar um quarto das exportações de trigo do país, antes de a Rússia sair do acordo. Agora, os portos do Danúbio, incluindo Izmail, são a única rota para as exportações porque garantem o trânsito pelo porto romeno de Constança. Na frente oposta, no entanto, há relatos de ataques de drones na região de Kaluga, que faz fronteira com Moscou ao norte.

Relatório da ONU sobre as vítimas do conflito

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informa que cerca de 10 mil pessoas morreram desde o início do conflito, das quais 500 seriam crianças. O relatório, que foi publicado em 15 de agosto, afirma que o número de vítimas e feridos é, no entanto, incerto porque o número de mortos não é conhecido em muitas regiões e cidades, especialmente naquelas ocupadas pelos russos. De acordo com os dados, o maior número de mortos está nas regiões ucranianas bombardeadas pelos russos e defendidas pelo exército ucraniano.

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16 agosto 2023, 14:51