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Mulher ucraniana em lágimas em Kherson Mulher ucraniana em lágimas em Kherson 

Ucrânia, esperado ataque a Kryvyi Rih. Conclusa a visita de Blinken a Kiev

As forças russas planejam um assalto à cidade natal do presidente Zelensky. Os ocupantes bloqueiam uma coluna de pessoas em Kherson em fuga do referendo que poderia ser realizado no início de maio. Enquanto isso, o Secretário de Estado americano e o Secretário de Defesa voltaram ao território polonês: anunciados o retorno gradual de uma presença diplomática e um novo pacote de ajuda militar para Kiev de cerca de 700 milhões de dólares.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

O próximo objetivo da "cruel" guerra que vem afligindo a Ucrânia há sessenta e um dias é Kryvyi Rih, em direção ao rio Dnipro. Os russos se preparam para atacar a cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky, o último bastião do Leste que defende o Sul e o Mar Negro, o coração econômico do país. O alarme vem via Telegram, onde nestas horas circula um relatório do exército ucraniano que diz :"uma grande coluna de pessoas está tentando deixar Kherson". Esta é a primeira cidade a ser ocupada por soldados russos durante a invasão em fevereiro. Os habitantes querem partir para protestar contra o referendo, mas, diz o relatório, "os ocupantes estão bloqueando e enviando pessoas de volta".

Fugindo do referendo em Kherson

A referência é a consulta que as forças russas estão planejando para os primeiros dias de maio nas regiões ocupadas de Kherson e Zaporizhzhia, para proclamar outra chamada "República Popular" no modelo de Lugansk e Donetsk. Há dois dias, Zelensky havia falado sobre isso em uma entrevista coletiva no metrô com a imprensa internacional, denunciando um referendo "falso" cujos resultados certamente serão falsificados. A Ucrânia, disse o chefe de Estado, abandonará novas conversações com a Rússia se o referendo for realizado ou se os defensores em Mariupol forem mortos.

Fracassa o corredor humanitário em Mariupol

Os corredores humanitários que as autoridades ucranianas estavam tentando organizar para ajudar os civis a fugir da cidade devastada do sudeste, que está cercada há 55 dias, fracassou mais uma vez em Mariupol. Uma nova tentativa será feita hoje, segunda-feira 25 de abril, mas, explicou a vice-primeira-ministra Iryna Vereschuk, os planos de evacuação não incluem atualmente civis presos na siderúrgica azvostal, onde os últimos defensores ucranianos da cidade ainda estão resistindo. A Cruz Vermelha reiterou a necessidade de um corredor humanitário imediato, informou a mídia local, acrescentando que o Comitê Internacional está pronto para facilitar a saída segura das pessoas de Azovstal assim que as partes concordarem.

EUA, Blinken e Austen visitam Kiev

Enquanto isso, a partir desta semana, haverá um retorno gradual de uma presença diplomática estadunidense à Ucrânia e mais uma ajuda "direta e indireta" de cerca de 700 milhões de dólares dos EUA a Kiev. Desenvolvimentos importantes anunciados pelos secretários de Estado e de Defesa dos EUA, Antony Blinken e Lloyd Austin, durante a viagem de ontem a Kiev (a primeira feita por altos representantes da administração Biden à Ucrânia desde 24 de fevereiro passado), que terminou nas últimas horas com o retorno ao território polonês.

Em particular, Blinken disse que o presidente dos EUA Joe Biden planeja nomear a atual embaixadora na Eslováquia, Bridget Brink, nos próximos dias, como a nova representante em Kiev, um cargo oficialmente vago desde 2019. Quanto à ajuda militar, dos 700 milhões de dólares, cerca de 300 milhões serão utilizados para permitir que Kiev adquira os armamentos de que necessita. O resto irá para os aliados regionais da Ucrânia que forneceram ajuda militar e precisam reabastecer seus estoques de armas. Biden já havia anunciado um novo pacote de ajuda para apoiar a Ucrânia em sua luta contra as tropas russas no leste do país.

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25 abril 2022, 16:23