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Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres 

Dia da Paz da ONU: da pandemia a um mundo justo e sustentável

Foi proposto um cessar-fogo de 24 horas para garantir o acesso às vacinas, que continua sendo problemático nos países em conflito. O verdadeiro inimigo é o vírus, e não podemos estar uns contra outros.

Michele Raviart – Vatican News

Recuperar-se da pandemia, comprometendo-se a vacinar os habitantes dos países mais pobres, criando uma economia verde e sustentável. Os temas do Dia Internacional da Paz, instituído pelas Nações Unidas, celebrado neste 21 de setembro, recordam os pedidos e apelos feitos pelo Papa Francisco, não apenas nos últimos dois anos marcados pela Covid-19.

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Partilhar as vacinas com os países mais pobres

"Curar melhor para um mundo justo e sustentável" é o tema do Dia. A pandemia atingiu duramente os grupos mais desfavorecidos e marginalizados. Os dados fornecidos pelas Nações Unidas, atualizados em abril, mostram que mais de 100 países ainda devem receber a primeira dose de vacina, em comparação com os milhões de doses já administradas nos países desenvolvidos. De fato, como o Papa lembrou numa recente mensagem em vídeo dirigida aos povos da América Latina, "vacinar-se é um ato de amor", mas é também um gesto essencial na luta global contra a pandemia. É por isso que, durante a bênção Urbi et Orbi da última Páscoa, ele exortou "toda a Comunidade internacional a assumir um compromisso comum para superar os atrasos na distribuição e promover a partilha, especialmente com os países mais pobres".

A ONU propõe um cessar-fogo de 24 horas

As pessoas afetadas por conflitos são as mais vulneráveis devido à falta de acesso aos cuidados de saúde, afirma um comunicado de apresentação da iniciativa no site da ONU. Por isso, e para reforçar os ideais de paz, as Nações Unidas pediram um cessar-fogo de 24 horas e ausência de violência em todo o mundo, reiterando o que foi sancionado pelo Conselho de Segurança, em fevereiro, quando os Estados membros aprovaram por unanimidade uma "trégua humanitária duradoura" para deter os conflitos e permitir o acesso a vacinas.

Não podemos ser inimigos uns dos outros

"O vírus ataca a todos independentemente de nossa proveniência ou de nosso credo." É por isso que é preciso lembrar que, diante do que é definido "inimigo comum da humanidade", "não somos inimigos uns dos outros" e devemos fazer as pazes uns com os outros. "Ninguém se salva sozinho", repetiu o Papa várias vezes, porque a pandemia mostrou que nos encontramos "todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de consolar uns aos outros". (Oração pelo fim da pandemia em São Pedro, em 27 de março de 2020).

Uma economia verde e sustentável

Indispensável para isto é também fazer as pazes com a natureza, com aquela criação a ser protegida que é o tema da Encíclica "Laudato si". "Apesar das restrições de viagem e dos fechamentos econômicos, as mudanças climáticas não estão em pausa." Existe a necessidade de uma economia global verde e sustentável que produza empregos, reduza as emissões de gás e construa a resiliência necessária para enfrentar os impactos climáticos.

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21 setembro 2021, 14:21