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Incêndios florestais na Argélia deixam ao menos 69 mortos

Na costa norte do Mediterrâneo, a Grécia e a Turquia foram os países mais afetados nas últimas duas semanas, com uma onda de incêndios que deixou oito mortos na costa turca e três na Grécia. Também o sul da Itália, especialmente a Sardenha e a Sicília - que rna quarta-feira tegistrou 48,8°C - é atingido por incêndios florestais.

Vatican News

Pelo menos 69 pessoas morreram na Argélia em decorrência dos incêndios que assolam o norte do país, alimentados pelo calor extremo e pelo vento.

Bombeiros, soldados e voluntários tentam desesperadamente debelar as chamas que começaram na noite de segunda-feira em Cabília, especialmente na região de Tizi Ouzou, de acordo com relatórios oficiais. Dos mortos confirmados até agora, 28 são soldados e 37 civis. No final da tarde de quarta-feira a agência oficial APS relatou outras quatro mortes, sem precisar se eram civis ou soldados. Outras 20 pessoas seguem desaparecidas de acordo com o site de notícias em língua francesa Tout sur l'Algerie (TSA).

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O presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, declarou um luto nacional de três dias para esta quinta-feira.

Imagens impressionantes, acompanhadas de pedidos de socorro, circulam nas redes sociais, com troncos carbonizados, gado carbonizado e vilarejos sitiados. Nas imagens da AFP, os moradores podem ser vistos tentando desesperadamente apagar um incêndio que começou com pequenos galhos.

Enquanto a Argélia enfrenta uma onda de calor extrema, os ventos complicam a tarefa dos bombeiros e equipes de resgate.

De acordo com o porta-voz da proteção civil, Nassim Barnaoui, 69 incêndios ainda estavam ativos quarta-feira em 17 wilayas (municípios), especialmente no de Tizi Ouzou, que registrou a maioria das perdas humanas.

Desde terça-feira, multiplicam-se nas redes sociais os pedidos de envio de ajuda - alimentos, água, remédios - aos moradores das aldeias atingidas.

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou na quarta-feira o envio de dois Canadair e um avião de comando para ajudar no combate aos incêndios.

Na França, a diáspora e as ONGs também estão se mobilizando para enviar equipamentos às áreas de desastre por meio de organizações locais, como fizeram para o envio de cilindros de oxigênio no auge da epidemia.

A Argélia também fechou um acordo com a União Europeia para o fretamento de dois aviões usados no combate a incêndios. O vizinho Marrocos, que vive tensões com a Argélia, também disse que está pronto para ajudar a Argélia.

“Cinquenta focos ao mesmo tempo, é impossível. Esses incêndios têm origem criminosa”, disse na terça-feira o ministro do Interior, Kamel Beldjoud, enquanto a rádio pública anunciava a prisão de três "incendiários" em Médéa. Um quarto foi preso em Annaba, de acordo com a APS.

Todos os anos, o norte da Argélia é afetado por incêndios florestais. Em 2020, quase 44.000 hectares viraram cinza. Este fenômeno está se ampliando à medida que os incêndios se multiplicam no planeta. O aumento da temperatura, o aumento das ondas de calor e a queda na precipitação em alguns lugares é uma combinação ideal.

Uma onda de calor extremo deve continuar até o fim de semana no Magrebe de acordo com diferentes serviços meteorológicos, com temperaturas chegando a 46 graus.

Na vizinha Tunísia, a capital Tunis bateu seu recorde histórico na terça-feira, com 49 graus. Cerca de quinze focos de incêndio foram registrados nas regiões norte e noroeste, sem causar vítimas.

Na costa norte do Mediterrâneo, a Grécia e a Turquia foram os países mais afetados nas últimas duas semanas, com uma onda de incêndios que deixou oito mortos na costa turca e três na Grécia.

*Com informações de AFP

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12 agosto 2021, 07:00