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No mundo, a emergência da água potável No mundo, a emergência da água potável 

OMS e Unicef : 1 em cada 3 pessoas no mundo não tem acesso à água potável

Cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm serviços de água potável, 4,2 bilhões não têm acesso aos serviços de esgoto e 3 bilhões de pessoas não têm água para lavar as mãos.

Cidade do Vaticano

Segundo recentes informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelados na terça-feira (18/06), cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm serviços de água potável gerenciados de forma segura. O contingente equivale a um em cada três habitantes do planeta. Organismos apontam também que 4,2 bilhões de indivíduos não têm acesso a esgoto seguro.

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Os números fazem parte de uma nova pesquisa das duas agências da ONU, que afirmam ainda que 3 bilhões de pessoas não possuem instalações básicas para lavar as mãos de forma adequada.

O relatório enfatiza a necessidade de garantir que a água fornecida para as pessoas seja própria para o uso humano. De acordo com o levantamento, houve progressos para alcançar o acesso universal a água e saneamento básico, mas persistem lacunas na qualidade dos serviços.

O problema da água potável

O relatório indica que, desde 2000, 1,8 bilhão de pessoas passaram a ter acesso a serviços básicos de água potável — mas essa inclusão foi e continua sendo marcada por desigualdades na acessibilidade, disponibilidade e qualidade dos serviços. Uma pessoa em cada 10 no mundo ainda não tem serviços básicos para a água, em 80% dos casos estão nas áreas urbanas. Também segundo a publicação 144 milhões de indivíduos utilizam água sem tratamento.

O pedido do UNICEF

O pedido do UNICEF, explica ao Vatican News o porta-voz  do Fundo das Nações Unidas, Andrea Iacomini, é de que “os países devem dobrar seus esforços para tentar melhorar estas dramáticas situações". “Se continuar assim – acrescenta –, não alcançaremos o acesso universal até 2030, como está previsto nos objetivos para o desenvolvimento sustentável. “O UNICEF distribui água potável às populações mais carentes, mesmo em condições extremas e em regiões atingidas pelas guerras e catástrofes”, afirma Iacomini, “mas a escassez de serviços de saneamento básico, água potável e higiene estão ligadas à transmissão de doenças”.  

Advertência da OMS: reaparecimento de doenças

Confirmando este alarme, Maria Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública, Determinantes Ambientais e Sociais da Saúde da OMS afirma: “Se os países não conseguirem intensificar os esforços em saneamento básico, água potável e higiene, continuaremos a viver com doenças que deveriam ter sido há muito tempo deixadas nos livros de história, como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A e doenças tropicais negligenciadas, incluindo tracoma e esquistossomose”.

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20 junho 2019, 13:17