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Manifestação de venezuelanos contra Maduro

Tensão na Venezuela depois que o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, proclamou-se Presidente, nesta quarta-feira (23/01), em vista de novas eleições.

Cidade do Vaticano

Juan Guaidó, 35 anos, engenheiro, líder da Assembleia Nacional, prestou juramento à Constituição, nesta quarta-feira, diante do povo, proclamando-se Presidente interino. Seu gesto recebeu amplo apoio internacional: o primeiro a apoiar Guaidó foi o Presidente norte-americano, Donald Trump. Depois, também o Presidente canadense, Trudeau, e outros países americanos e da União Europeia, exceto o México e a Bolívia, que estão da parte de Maduro.

A reação de Nicolas Maduro não tardou, pedindo uma forte mobilização do povo para defender a sua pátria. Com este seu anúncio, Maduro declarou publicamente ruptura nas relações com os Estados Unidos, concedendo 72 horas para que seus diplomatas deixassem a Venezuela. Mas, segundo o Secretário de Estado dos EUA, Pompeu, Maduro "não tem autoridade legal para romper relações diplomáticas".

Vítimas e prisões de manifestantes

Os confrontos entre os manifestantes contra o regime e as forças de segurança da Venezuela causaram dezesseis mortos: foi o que declarou em um tuíte a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos.

Desde o início dos protestos contra Nicolas Maduro, na última segunda-feira, informa o jornal “El Mundo”, 218 manifestantes foram presos. O número de mortos corre o risco de aumentar devido a outros protestos.

Apelo da ONU ao diálogo

O Secretário Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, à margem do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, fez um premente apelo ao diálogo na Venezuela: "Esperamos que o diálogo seja possível e que se evite uma escalada de violência que poderia levar a uma guerrilha interna, que representaria um desastre para o povo da Venezuela e para toda a região".

Solidariedade a Maduro

A Turquia, a Rússia e a China expressaram sua solidariedade a Nicolas Maduro. O vice-chanceler russo, Serghei Ryabkov, declarou: “Apoiamos e continuaremos a apoiar a Venezuela, que é nossa amiga e nossa parceira estratégica". Por sua parte, a China convidou os EUA a não interferirem na situação atual da Venezuela, opondo-se a qualquer intervenção externa no país sul-americano.

Difícil negar a ilegitimidade do governo

Segundo o professor Loris Zanatta, docente de História das Américas na Universidade de Bolonha, Itália, "o que mais surpreende é que, em todas as cidades do país, a população desceu às praças e que a proclamação de Juan Guaidó, como Presidente interino é um desafio político de grande importância. Isto significa que grande parte da população venezuelana é contra a legitimação do governo”.

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24 janeiro 2019, 16:50