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Crianças sírias brincam em Morek, nordeste de Hama Crianças sírias brincam em Morek, nordeste de Hama 

Unicef: uma criança em cada três não vai à escola em países em conflitos

No mundo, 303 milhões de jovens entre 5 e 17 anos não frequentam as aulas: mais da metade das crianças, entre 2 e 5 anos de idade, impedidas de estudar, vivem em áreas de crise, informa um relatório do UNICEF.

Emiliano Sinopoli – Cidade do Vaticano

No mundo, 303 milhões de jovens entre 5 e 17 anos não frequentam as aulas: mais da metade das crianças, entre 2 e 5 anos de idade, impedidas de estudar, vivem em áreas de crise, informa um relatório do UNICEF.

Um jovem ou uma criança em cada três que vive em países afetados por conflitos ou desastres - cerca de 104 milhões - não frequentam a escola. No total, existem 303 milhões de crianças não escolarizadas. É o que revela o Unicef no relatório "Um futuro roubado: jovens e fora da escola", lançado na quarta-feira na septuagésima terceira sessão da Assembleia Geral da ONU, e que faz um balanço da educação de crianças e jovens desde o jardim de infância até o ensino médio em todos os países.

O relatório da Unicef

 

"Em um país afetado por conflitos ou desastres, as suas crianças e seus jovens são vítimas duas vezes", declarou ao Vatican News Andrea Iacomini, porta-voz do Unicef Italia. "Quando suas escolas são danificadas" – acrescentou - arrasadas ou ocupadas por forças militares, eles vão somar-se aos milhões de jovens que não vão à escola e, com o passar dos anos, não retornam. Essas crianças, infelizmente, continuarão a viver e a enfrentar condições de pobreza que se repetem dramaticamente ".

Pobreza, o obstáculo mais importante para a educação

 

"A pobreza – afirmar ainda o porta-voz do Unicef ​​Itália - continua a ser o obstáculo mais importante para a educação em nível global: as crianças mais pobres em idade para frequentar a escola primária têm 4 vezes mais probabilidade de ficar fora da escola do que seus iguais de famílias mais ricas".

Mais investimentos para promover a escolaridade

 

Menos de 4% dos recursos humanitários globais são dedicados à educação, por isso o relatório pede maiores investimentos em educação de qualidade, onde as crianças e os jovens possam aprender em ambientes seguros, em países afetados por emergências humanitárias complexas e crises prolongadas ao longo do tempo.

Segundo o relatório e as estimativas atuais, o número de pessoas entre os 10 e os 19 anos até 2030 atingirá 1,3 bilhões, um aumento de 8%. Proporcionar a essa futura força de trabalho uma educação de qualidade e melhores perspectivas de trabalho produzirá maiores dividendos econômicos e sociais. "Temos de dar mais instrumentos aos jovens e crianças - conclui Iacomini - para que possam estar preparados para construir sociedades pacíficas e florescentes".

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21 setembro 2018, 07:38