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Sírio da Frente de Libertação Nacional à espera do ataque das forças sírias, russas e iranianas Sírio da Frente de Libertação Nacional à espera do ataque das forças sírias, russas e iranianas 

Diplomacia para evitar consequências desastrosas na ofensiva contra Idlib

Uma ofensiva contra os rebeldes anti-Assad entricheirados em Idlib é iminente. Rússia, Irã e Turquia intensificam contatos diplomáticos visando evitar uma nova catástrofe humanitária na região, a exemplo do que ocorreu em Aleppo.

Cidade do Vaticano

Tensão e preocupação com a situação na região de Idlib, cenário da anunciada ofensiva conjunta de forças do governo com forças iranianas e russas. Há dias, as forças sírias leais ao governo e seus aliados estão se preparando para lançar operações terrestres e aéreas em larga escala contra a milícia rebelde que, de acordo com as forças de Damasco, se entrincheiraram na área com homens ligados à Al Qaeda.

No Angelus deste domingo, o Papa Francisco expressou o temor de que este “sopro de vento de guerra” provoque uma nova crise humanitária.

 

Para evitar a escalada da violência contra civis, intensificaram-se os contatos diplomáticos entre a Turquia, Irã e a Rússia. Ancara está realizando "um trabalho conjunto com os russos e os iranianos em Idlib para evitar outro desastre como o de Aleppo", disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

"A Turquia está tentando impedir um ataque a Idlib na Síria, o que seria um desastre", acrescentou o ministro das Relações Exteriores, Mevlüt Çavuşoğlu.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, assegurou que as negociações estão em andamento para estabelecer corredores humanitários na região. Em uma coletiva de imprensa em Sochi, Lavrov disse que Damasco e Moscou "trabalham para minimizar os riscos para os civis na área de Idlib" onde deverá ocorrer a ofensiva.

O governo sírio "está fazendo esforços para o que eles chamam de reconciliações locais na área de Idlib", disse Lavrov, descartando porém que um ataque massivo na área possa ser evitado. O governo de Damasco - acrescentou o chefe da diplomacia russa - tem o direito de "liquidar" os terroristas que se encontram em Idlib.

Lavrov depois explicou que o Ministério da Defesa da Rússia e o Departamento de Defesa dos EUA "têm contatos em tempo real" sobre a Síria. "Há um acordo sobre um mecanismo para evitar acidentes involuntários e funciona", disse ele.

De Washington, o secretário de Estado Mike Pompeo expressa preocupação, dizendo que "a iminente ofensiva do regime sírio em Idlib representa uma escalada de um conflito já perigoso".

Na área - como sublinhado pela ONU – estão cerca de três milhões de civis e se teme uma nova "catástrofe humanitária". Nas últimas horas, as milícias anti-governo explodiram várias pontes ao longo de uma das linhas de frente entre Idlib e as regiões vizinhas.

A mídia local documenta isso, confirmando o que foi relatado pelo Observatório Nacional de Direitos Humanos na Síria. As pontes que foram explodidas são as do rio Oronte, que divide os distritos do noroeste da região de Hama daqueles do sudoeste de Idlib, onde passa a linha que divide as partes em conflito.

(Com l’Osservatore Romano)

 

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02 setembro 2018, 18:14