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Libéria: enomes desafios para o país, precisamos tempo

O sentimento de desespero domina tanto os nossos jovens, que eles vêem no novo Presidente George Weah a única esperança para o futuro, mas é preciso tempo para resultados concretos!”. D. Anthony Fallah Borwah, Presidente da Conferência Episcopal da Libéria, fala da situação do país, a poucos dias da próxima visita ad Limina em Roma.

Cidade do Vaticano

“O novo Presidente foi eleito pelos jovens que se sentem esquecidos pela liderança nacional”, diz D. Anthony Fallah Borwah, Bispo de Gbarnga e Presidente da Conferência Episcopal da Libéria, em uma conversa com a Agência Fides, a poucos dias da próxima visita ad Limina ao Vaticano.

O ex-jogador que se tornou Presidente

George Weah representa uma história de sucesso para estes jovens, explica o bispo. Ele foi eleito apenas seis meses atrás. Um período de tempo muito breve e nada fácil para ele que teve que aprender a ser Presidente do modo mais rápido possível porque o povo está impaciente. Mas é preciso explicar à população, principalmente aos jovens, que o Presidente precisa de tempo para apresentar resultados concretos”.

Pobreza e desemprego: os problemas principais

O ex-jogador foi eleito Presidente da Libéria na eleição de 26 de dezembro passado. “Como Igreja procuramos ajudar o Presidente mas os desafios são enormes”, diz D. Borwah. “Entre eles, primeiramente a pobreza e o desemprego que atingem boa parte da população. A situação econômica é extremamente grave, ainda mais depois da epidemia do vírus Ebola que pesou muito na economia do país. O sentimento de desespero domina tanto os nossos jovens que eles vêem em George Weah a única esperança para o futuro, mas o Presidente precisa de tempo para resultados concretos!” sublinha o bispo.

Igreja pronta a colaborar com as autoridades estatais

“O Presidente Weah deve escolher uma boa equipe para o seu governo”, sugere o Presidente da Conferência Episcopal da Libéria. “De fato, vimos que nestes poucos meses ele teve problemas com algumas pessoas que tinha escolhido para fazer parte do governo, pela sua falta de preparação. O Presidente quer dar espaço aos jovens. Uma vontade compreensível, mas não se pode construir uma equipe de governo com jovens, mesmo sendo entusiastas, mas sem preparação suficiente para enfrentar compromissos e tarefas tão importantes. Por isso é melhor formar uma equipe mista, com jovens e pessoas mais experientes. O Chefe de Estado precisa de muita sagacidade para selecionar a sua equipe de trabalho. Repito, como Igreja estamos abertos para trabalhar juntos com as autoridades do Estado e oferecer o nosso conselho pelo bem do país.

Bispos sejam exemplo de unidade e paz

“Por outro lado, Weah é uma pessoa competente que tem um programa político correto em linha com a doutrina social da Igreja que faz da opção preferencial pelos pobres a sua pedra angular”, afirma D. Borwah.

Sobre a situação da Igreja, o prelado sublinha que “na Libéria somos três bispos que, apesar da pobreza e das grandes dificuldades, trabalhamos em estreito contato e em harmonia. E quando os fiéis vêem seus pastores unidos e em coesão, os seguem. Atualmente, nós bispos somos um exemplo de unidade, reconciliação e de paz, em um país ainda ferido pela longa guerra civil que se concluiu em 2003”.

 

 

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06 junho 2018, 15:05