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O evento “Agenda para a Paz 2025” em Roma O evento “Agenda para a Paz 2025” em Roma

“Construtores de esperança” reúnem-se em Roma para relançar apelo à paz

Realizou-se esta segunda-feira, na sede de Experiência Europa-David Sassoli, o evento “Agenda para a Paz 2025, o papel da Europa e os desafios do Jubileu”, organizado pelo Parlamento Europeu na Itália: uma discussão sem precedentes sobre a esperança de virar a página e deixar os conflitos para trás. Estiveram presentes líderes de movimentos eclesiais, o imã da grande mesquita da capital, Akkad, e a presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Di Segni. De Jerusalém, o ministro Tajani

Vatican News

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A Igreja está mais uma vez se mobilizando para continuar construindo a paz. E, desta vez, o fez de modo visível, dando voz a todos os movimentos e associações cristãs que atenderam ao apelo do Papa Francisco de se tornarem testemunhas de um diálogo aberto, sem exclusões, que leve à verdade sem condicionamentos das diferentes posições sociais e políticas. Muitos líderes dessas realidades eclesiais - da Comunidade de Santo Egídio às Acli, da Ação Católica ao Movimento dos Focolares, passando também pelos Scalabrinianos e por Comunhão e Libertação - animaram esta segunda-feira (20/01) um debate sem precedentes sobre a esperança de virar a página e deixar para trás guerras sangrentas e conflitos jamais resolvidos, e sobre como a humanidade, cada indivíduo e organização, pode contribuir para um objetivo árduo, mas não impossível, indicado mais uma vez pelo Papa na bula de proclamação do Jubileu de 2025, Spes non confundit.

Etapa de um percurso

O evento realizado esta segunda-feira na sede italiana do Parlamento Europeu, de Roma-David Sassoli - que também contou com a presença do imã da grande mesquita da capital, Nader Akkad, e da presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Noemi Di Segni - foi uma oportunidade para reiterar com veemência a necessidade de voltarmos a ser verdadeiros construtores da paz. “Este nosso encontro é a primeira etapa de uma agenda para a paz que deverá nos ver cada vez mais protagonistas”, disse Piero Damosso, jornalista de cujo livro “A Igreja pode parar a guerra?” veio o estímulo para organizar esse encontro.

Mediadores, não intermediários

O acordo entre Israel e o Hamas e a situação na Síria fizeram com que Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Sant'Egidio, dissesse que “são sinais fracos de esperança, mas existem”. “Quando era arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio”, acrescentou, ”nos disse: aprecio o trabalho de vocês porque são mediadores e não intermediários, os intermediários são aqueles que obviamente querem ganhar com a paz, enquanto o único interesse dos verdadeiros mediadores é superar o sofrimento dos povos envolvidos. Fazer a paz requer o estilo não violento”.

Pontes de esperança

Margaret Karram, de origem palestina e presidente do Movimento dos Focolares, também falou da necessidade de uma paz construída a partir de baixo. “Para alcançá-la, todos nós, mas realmente todos, devemos construir pontes de esperança. E a nossa comunidade está fazendo isso em tantas áreas do mundo devastadas por conflitos como, por exemplo, o Líbano e a Síria: ajudamos a todos, sem distinção”.

Não perder a coragem

Também presente na reunião em conexão estava o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que, falando de Jerusalém, onde está em uma visita - a primeira de um expoente de um governo estrangeiro desde a assinatura da trégua -, quis expressar sua alegria com o acordo e confirmar o compromisso da Itália com a paz: “Em algumas semanas, estarei de volta aqui para receber os navios do projeto Alimentos para Gaza, que conta com o apoio israelense e palestino. A paz levará tempo, mas devemos trabalhar nessa direção sem perder a coragem”.

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21 janeiro 2025, 11:15