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São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla nos séculos IV e V. São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla nos séculos IV e V. 

A esperança traz alegria e amor, segundo São João Crisóstomo

São João Crisóstomo disse que a esperança é reforçada pelas tribulações que as pessoas passam neste mundo devido à vida futura. São Paulo foi bem objetivo na afirmação que a esperança não decepciona, porque ela aponta para o futuro em vista das realidades eternas.

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

No ultimo domingo, dia 29 de dezembro, com toda a Igreja, nós damos a abertura ao ano jubilar 2025 que tem como tema: Peregrinos de esperança. O Papa Francisco colocou a esperança como tema fundamental neste ano, que orienta a vida do cristão na caridade, rumo à casa do Pai. Jesus é a nossa esperança. O ano traga muitas bênçãos para todo o povo cristão, o católico, a católica, para a humanidade e a cada um de nós. A indulgência jubilar seja ocasião de conversão, de uma vida familiar, comunitária e social mais intensa em vista do engrandecimento do Reino de Deus e da Igreja. A esperança traz alegria, amor para com as pessoas, sobretudo com as mais necessitadas e para com Deus. Vejamos a seguir como São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla nos séculos IV e V trabalhou este tema junto ao seu povo e como o tema norteia a vida de todo o seguidor e a seguidora de Jesus Cristo e de sua Igreja.

A esperança não decepciona (Rm 5,5)

São João Crisóstomo disse que a esperança é reforçada pelas tribulações que as pessoas passam neste mundo devido à vida futura. São Paulo foi bem objetivo na afirmação que a esperança não decepciona, porque ela aponta para o futuro em vista das realidades eternas. O bispo disse que as pessoas que não vivem bem, caem no desespero em vista do futuro, temendo o juízo, enquanto as pessoas que levam uma vida honesta, com muito amor ao próximo e a Deus não tem medo porque estão em comunhão com o Senhor e com as pessoas[1].

Uma grande esperança

As pessoas possuem uma grande esperança que não decepciona nas verdades futuras, porque amam a Palavra de Deus, vivem na comunidade, agem em favor do bem de todos os fiéis e ainda que passarão pela morte, estes carregam a esperança da ressurreição e nada haverá que confunda as pessoas por acreditarem no Senhor, porque elas não abraçaram uma esperança transitória, mas sim a eterna. A esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações (cf. Rm 5,5), de modo que o apóstolo afirmou a iniciativa de sua divina liberalidade[2].

O dom divino

São João Crisóstomo disse também que a esperança vem por graça do Espírito Santo. Ele fez de cada um de nós, filhos e filhas de Deus, irmãos em Cristo, pelo dom que vem do alto, do Espírito Santo. A caridade para com o próximo aponta à esperança de modo que nós somos chamados a fazer obras de caridade. O bispo convidou os fiéis para não perder a esperança porque nós temos o dom da caridade perante o juiz, o Senhor Deus, de modo que a esperança não decepciona (Rm 5,5), não atribuindo este dom às nossas obras, mas ao amor de Deus derramado em nossos corações, pelas obras de caridade, de amor[3].

A esperança que traz alegria e amor

São João Crisóstomo fez bons comentários a respeito do apóstolo Paulo numa outra passagem onde ele coloca que a esperança traz alegria e amor. Após ter reforçado que o amor entre as pessoas seja sincero, que é preciso detestar o mal, que o amor fraterno une as pessoas umas com as outras, nas quais ele pediu zelo e a diligência no serviço ao Senhor, São Paulo afirmou que é preciso ser alegres na esperança (cf. Rm 12, 9-12). São João Crisóstomo colocou a necessidade para servir bem ao Senhor junto às pessoas, pela alegria, pelo amor. Nada torna o ânimo do ser humano tão forte e pronto para tudo como a esperança de bens excelentes, eternos[4].

O fruto na tribulação

Em vista da esperança dos bens futuros, colocou São João Crisóstomo a necessidade de sermos pacientes nas tribulações. O fato é que segundo o bispo na interpretação do apóstolo a colheita aponta para o grande fruto da tribulação, porque esta faz a pessoa constante e experimentada. O bispo afirmou que o amor dá a felicidade, o espírito vem à nossa cooperação, a esperança alivia e a tribulação torna a pessoa mais leve, provada, idônea para suportar de uma forma generosa as coisas, tendo como sustentação, a prece[5].

A salvação é dada na esperança

São Paulo tem presente que os fieis são salvos na esperança (cfr. Rm 8,24) de modo que o fortalecimento de nossos bons desejos é almejado na vida concreta. São João Crisóstomo afirmou que a felicidade integral, total não seja procurada aqui na terra, mas aguardá-la nos céus, pela prática do amor. As pessoas são chamadas a acreditar em Deus porque Ele promete os bens futuros passando somente por este caminho que ocorre a salvação, porque Deus dá a graça da salvação. O fato de esperar em Deus ainda que a pessoa não tenha muita coisa para lhe oferecer, mas confia em suas promessas e doações, faz o fiel buscar a salvação[6].

A esperança carregada por muitos dons

São João Crisóstomo tinha presente o ponto de exortação para que as pessoas não desanimassem diante das provações, porque a esperança vem carregada por muitos dons, como os da alegria, da paz e do amor. A causa dos bens divinos vem da parte do Espírito Santo tendo presente a colaboração humana. A pessoa acredita, espera e também ama. O bispo também falou sobre a prática das boas obras que une o fiel ao Espírito Santo, que é a caridade que faz as pessoas chegarem até o Deus da esperança[7]. 

Nós somos chamados a viver a graça da esperança na alegria e no amor. O ano jubilar 2025 seja ocasião para nós sermos peregrinos de esperança no mundo de hoje. Como a Palavra de Deus nos coloca que é preciso assumir sempre mais a esperança, deixemos a iluminação de Deus entrar em nossa vida em vista da caridade, para um dia participarmos do Reino dos céus.

 

[1] Cfr. São João Crisóstomo. Comentário às Cartas de São Paulo/1. São Paulo, Paulus, pg. 169.

[2] Cfr. Idem, pgs. 169-170

[3] Cfr. Ibidem, pg. 170.

[4] Cfr. Ibidem, pg. 404.

[5] Cfr. Ibidem, pgs. 404-405.

[6] Cfr. Ibidem, pg. 276.

[7] Cfr. Ibidem, pg. 481. 

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