Busca

Dom Neri José Tondello: os indígenas "são irmãos de verdade, companheiros de caminhada" Dom Neri José Tondello: os indígenas "são irmãos de verdade, companheiros de caminhada"  (Renan Dantas)

Dia dos Povos Indígenas: é preciso se unir para salvaguardar os seus direitos

O bispo de Juína-MT, dom Neri José Tondello, assina artigo neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, para falar e honrar "os parentes indígenas": "graças a Deus, no Mato Grosso, mais de 40 povos diferentes representam um patrimônio inestimável". Só na diocese local, são 7 povos que colaboram "com a construção da civilização do amor". "Precisamos nos unir para salvaguardar o que é de direito destes irmãos de história."

Dom Neri José Tondello*

Neste dia 19 de abril, celebramos o Dia dos Povos Indígenas, uma ocasião para reconhecer e honrar os povos originários, conhecidos mundialmente como os povos da floresta.

Em 19 de abril é celebrado o Dia dos Povos Indígenas
Em 19 de abril é celebrado o Dia dos Povos Indígenas

Com o histórico de vida não decifrada e reconhecida, como todos os povos, os povos originários são reconhecidos mundialmente como os povos da floresta. Com estilo de vida bem peculiar, com jeitos e costumes próprios, de cultura e tradição adaptada de seu jeito simples, mas carregado de todo respeito, os parentes indígenas são mestres do cuidado e defensores da ecologia integral. Seus ancestrais marcam um legado espiritual partilhado e contado de geração em geração, caracterizam a identidade própria desta categoria de pessoa, de povo, de comunidade e civilização.

Graças a Deus, no Mato Grosso, mais de 40 povos diferentes representam um patrimônio inestimável. Em nossa região Noroeste de Mato Grosso, onde situa-se a Diocese de Juina, 7 povos indígenas convivem conosco, colaborando com a construção da civilização do amor. Dois povos ainda permanecem isolados e, neste estado de vida, os torna ainda mais vulneráveis. Neste dia sagrado, nossa homenagem se reserva a estes parentes, os povos indígenas desta querida região.

São irmãos de verdade, companheiros de caminhada. Com eles aprendemos a respeitar as florestas e as matas, os rios e os lagos como fontes do bem viver. São nossos irmãos e amigos, nos amam e nos querem bem. Apesar de tanta violência contra, resistem. Como me diziam alguns deles: “faz 500 anos que tentam nos matar e não conseguem”.

“Precisamos nos unir para salvaguardar o que é de direito destes irmãos de história e de caminhada.”

Querido povo indígena, a Igreja vos ama. A Igreja sente-se próxima de vocês. Deus vos abençoe e vos mantenha firmes nos valores próprios de vossa identidade. Deus vos abençoe e continuem a nos ensinar com vossa sabedoria milenar.

* Bispo Diocesano de Juína - MT

"Uma ocasião para reconhecer e honrar os povos originários, conhecidos mundialmente como os povos da floresta"
"Uma ocasião para reconhecer e honrar os povos originários, conhecidos mundialmente como os povos da floresta"

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

19 abril 2024, 15:52