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Os patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém com o arcebispo de Cantuária Welby (Vatican Media) Os patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém com o arcebispo de Cantuária Welby (Vatican Media)

Massacre do pão em Gaza, patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém pedem cessar-fogo

O apelo por uma trégua também foi compartilhado por organizações humanitárias que trabalham em Israel. O fim das hostilidades deve servir para garantir a distribuição segura das ajudas e para que haja negociações para a libertação dos reféns. A esperança última continua sendo a paz "na terra onde nosso Senhor Jesus Cristo tomou sua cruz por primeiro em nosso favor"

Vatican News

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Patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém pediram um "cessar-fogo imediato e prolongado" após o massacre realizado dias atrás pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), que abriram fogo contra civis que se aglomeraram em torno de um comboio de ajuda humanitária.

"Embora os porta-vozes do governo tenham inicialmente tentado negar o envolvimento dos soldados nesse incidente, mais tarde o ministro da Segurança de Israel não só elogiou os combatentes das FDI por terem agido 'de forma excelente', mas também tentou culpar as vítimas por suas próprias mortes, acusando-as de tentar agredir soldados fortemente armados", lembraram os prelados.

Gaza enfrenta uma "catástrofe humanitária"

Trata-se de um apelo também compartilhado pela "sociedade civil e organizações de direitos humanos" que trabalham em Israel para evitar a perda de mais vidas humanas e facilitar o acesso de ajudas a Gaza, que está enfrentando uma "catástrofe humanitária".

Em sua declaração, os patriarcas, condenando o ataque a civis, explicaram que "para o meio milhão de pessoas que restam na Cidade de Gaza", a chegada das ajudas humanitárias foi quase totalmente interrompida "devido às pesadas restrições à entrada e à falta de escoltas de segurança para os comboios".

Aumento significativamente da incidência de doenças

"As fortes chuvas, o frio e a superlotação extrema em tendas e abrigos aumentaram significativamente a incidência de doenças", acrescentam as organizações da sociedade civil, enquanto os lançamentos aéreos "oferecem apenas uma parte do socorro necessário para uma população civil" que é "maior do que a de Telaviv, a segunda maior cidade de Israel", especificam os patriarcas.

Ambas as declarações lembram que o alcance de uma trégua deve permitir negociações sobre a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, cujo braço armado anunciou na sexta-feira, 1º de março, a morte de pelo menos sete reféns mantidos na Faixa de Gaza desde o ataque de 7 de outubro.

Apelo em favor de uma paz justa e duradoura

"Ao expressar essas súplicas em nome de todas os inocentes que sofrem com a guerra, dirigimos nossas orações especiais de apoio às comunidades cristãs em Gaza sob nosso cuidado pastoral. Isso inclui os mais de 800 cristãos que estão se refugiando nas igrejas de São Porfírio e da Sagrada Família na Cidade de Gaza há quase cinco meses. Também estendemos as mesmas expressões de solidariedade à intrépida equipe e aos voluntários do hospital Ahli, administrado pelos anglicanos, e aos pacientes", continua a nota escrita pelos patriarcas, cuja esperança última continua sendo "o fim das hostilidades, a libertação dos prisioneiros e o cuidado com os oprimidos", para que "discussões diplomáticas sérias possam finalmente levar a uma paz justa e duradoura aqui, na terra onde nosso Senhor Jesus Cristo tomou sua cruz por primeiro em nosso favor".

(com AsiaNews)

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04 março 2024, 11:22