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Papa renova proximidade a vítimas de terremoto no Japão

Na terça-feira, o Papa Francisco já havia expresso seu pesar pela perda de vidas humanas e pelos danos causados pelo abalo sísmico, assegurando sua solidariedade, proximidade espiritual e oração pelos mortos e familiares das vítimas.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Ao saudar os peregrinos de língua inglesa presentes na Sala Paulo VI para a primeira Audiência Geral de 2024, o Papa Francisco renovou sua proximidade às vítimas do terremoto que abalou o Japão na noite do primeiro do ano:

Renovo a minha proximidade espiritual a quantos foram atingidos pelo recente terremoto no Japão, bem como às vítimas da colisão entre dois aviões ocorrida no Aeroporto de Tóquio. Também rezo por seus familiares e pelos socorristas.

Ontem, terça-feira, por meio de um telegrama, o Santo Padre já havia expresso seu pesar pela perda de vidas humanas e pelos danos causados pelo abalo sísmico, assegurando sua solidariedade, proximidade espiritual e oração pelos mortos e familiares das vítimas.

As vítimas fatais do terremoto de magnitude 7,6 na escala Richter no oeste do Japão chegam a 62, enquanto se acredita que dezenas de pessoas possam estar sob os escombros.

Vítimas do acidente aéreo

 

Em relação ao acidente ocorrido no Aeroporto de Tóquio, o Papa se referia às vítimas da colisão entre um grande avião de passageiros e uma aeronave da guarda costeira japonesa na pista do aeroporto de Haneda. Com o choque as duas aeronaves pegaram fogo. Autoridades informaram que cinco pessoas a bordo do avião da guarda costeira morreram. Todas as 379 pessoas do voo da Japan Airlines conseguiram abandonar o avião em segurança.

O chefe do Departamento de Aviação Civil do Ministério dos Transportes explicou que a colisão ocorreu quando o Airbus A350 da Japan Airlines pousou na pista onde a aeronave da guarda costeira se preparava para decolar. O avião da guarda costeira iria entregar ajudas humanitárias às pessoas atingidas pelo terremoto.

Arcebispo de Tóquio

 

“Como Igreja Católica faremos o nosso melhor para estar ao lado das pessoas atingidas e continuar a dar o nosso apoio”, assegurou o arcebispo de Tóquio Tarcisius Isao Kikuchi, ele que também é presidente da Caritas internationalis (foi eleito durante a assembleia geral de maio de 2023).

O prelado informou em seu blog que a Igreja ativou a equipe de apoio da Conferência Episcopal japonesa em resposta a emergências, que opera em conjunto com a Caritas Japão.

 

Em particular, foram atingidas áreas de Hokuriku, na Diocese de Nagoya, e Wajima, na península de Noto. “Neste momento estão sendo avaliados os danos com o bispo de Nagoya e será discutida a possível resposta da Igreja”, explica o arcebispo de Tóquio, informando que “não há relatos de danos nas estruturas eclesiais de Niigata”, mas há ainda não se tem notícias da Diocese de Nagoya. 

Socorro continua

 

A dimensão estreita da península de Noto aumentou os desafios para se chegar a algumas comunidades. O serviço de água, energia e telefonia celular ainda estava indisponível em algumas áreas. "Quase nenhuma das casas está de pé. Elas estão parcial ou totalmente destruídas", informou Masuhiro Izumiya, prefeito da cidade de Suzu, que sofreu graves danos.

Além dos militares e dos bombeiros, cães de busca juntaram-se ao esforço para procurar dezenas de pessoas que se pensa estarem presas, embora o número exato não seja claro. As previsões meteorológicas alertaram para fortes chuvas em Ishikawa, levantando preocupações sobre deslizamentos de terra e mais danos a casas parcialmente destruídas. As temperaturas também caíram ultimamente para níveis abaixo de zero.

Das mortes, 29 foram contadas na cidade de Wajima, enquanto 22 pessoas morreram em Suzu, segundo autoridades da província de Ishikawa. Dezenas de pessoas ficaram gravemente feridas, inclusive em prefeituras próximas.

A usina nuclear de Shika, em Ishikawa, sofreu uma falha parcial de eletricidade, mas a energia de reserva entrou em ação, garantindo a continuidade do processo crítico de resfriamento.

Sendo uma nação propensa a terremotos, com falhas geológicas entrecruzadas e muitos vulcões, o Japão dispõe de sistemas de alerta que são sistematicamente retransmitidos como um serviço público. A população também é treinada sobre como reagir em casos de abalos sísmicos. Especialistas em desastres dizem que isso está ajudando a salvar vidas, mas alertam que as pessoas não devem baixar a guarda. 

*Com informações das Agências Sir e AP/La Presse

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03 janeiro 2024, 09:27