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O Pároco Frei Pedro de Oliveira conduziu a oração inicial e manifestou a alegria de receber tantos jovens e inclusive pessoas de outras paróquias O Pároco Frei Pedro de Oliveira conduziu a oração inicial e manifestou a alegria de receber tantos jovens e inclusive pessoas de outras paróquias  (franciscanos brasil)

Jovens fazem a experiência de subir a Pedra do Cruzeiro para rezar

Organizado pela Pastoral da Juventude da Paróquia Santa Clara, mais de 60 jovens franciscanos da Paróquia Santa Clara de Colatina (ES) subiram a Pedra do Cruzeiro de Alto Liberdade. No topo do morro de 700 metros uma cruz construída pela comunidade da redondeza que se reunia e fazia mutirão aos sábados. Em apenas um dia de inscrições abertas lotaram todas as vagas

Frei Augusto Luiz Gabriel

No feriado da Proclamação da República, 15 de novembro, mais de 60 jovens franciscanos da Paróquia Santa Clara de Colatina (ES) subiram a Pedra do Cruzeiro de Alto Liberdade, situado na cidade vizinha de Marilândia. Para chegar ao Cruzeiro foi preciso subir 2166 degraus, além de percorrer trechos com estrada de terra e calçamento. A altitude chega a 700 metros e a vista é deslumbrante! 

Organizado pela Pastoral da Juventude da Paróquia Santa Clara, esta foi a segunda edição do evento que começou em 2022. Este ano, os jovens madrugaram e saíram ainda às 3h da manhã para começar a subida que teve início às 5h. O pároco Frei Pedro de Oliveira e Frei Augusto Luiz Gabriel acompanharam a juventude franciscana que em apenas um dia de inscrições abertas lotaram todas as vagas.

Já no pé do morro, Frei Pedro conduziu a oração inicial e manifestou a alegria de receber tantos jovens e inclusive pessoas de outras paróquias. Lembrou que cada um tem seu ritmo e que mais importante do que a chegada é o peregrinar juntos, como fraternidade e irmãos. E assim começou a subida que durou aproximadamente duas horas. Apesar da onda de calor que assola o país, a cada degrau percorrido encontrava-se um clima mais ameno, favorecendo a caminhada.

Jovens junto à Cruz no Morro da Pedra do Cruzeiro
Jovens junto à Cruz no Morro da Pedra do Cruzeiro

Durante uma das pausas, conversamos com o senhor Gilber Bona, natural de Santo Hilário, Marilândia, de 63 anos. Ele contribuiu com a construção da última cruz e sobe o Cruzeiro com frequência. “A primeira cruz foi de madeira, a segunda de ferro, a terceira de cimento – derrubada por um raio -, e a quarta novamente de cimento sendo inaugurada em 1989, com 13 metros de altura que pode ser vista de longe”, contou.  Segundo ele, durante o período de construção da 4ª cruz, todos os sábados uma comunidade da redondeza se reunia e fazia mutirão para construir. 

Entre cânticos, orações, partilhas e muita contemplação, de um a um, os jovens foram chegando no topo da Pedra e avistando a cruz. Após uma subida de mais de dois mil degraus certamente o esforço físico envolvido foi recompensado pela vista panorâmica lá de cima, proporcionando assim uma experiência desafiadora e gratificante.

O jovem Matheus Goldner, de 18 anos, subiu o Cruzeiro pela primeira vez. Para ele, foi uma experiência gratificante. “Gosto dessas aventuras e caminhadas. A visão daqui de cima compensa muito a subida e vale muito a pena”, partilhou. “Sempre que possível, se conecte com a natureza. Esta é uma forma de nos libertarmos dos problemas do dia a dia, é uma forma de liberar a mente com uma visão tranquila, ar fresco e puro”, aconselhou.

“Sempre que possível, se conecte com a natureza. Esta é uma forma de nos libertarmos dos problemas do dia a dia”

Outro destaque desta edição foi a participação do casal sra. Rita, de 66 anos, e do sr. João, de 69 anos. Para eles, este ano a experiência foi mais proveitosa pois não teve chuva. “Peço a Deus que ano que vem eu possa vir novamente com essa juventude animada. Eu sou ministra da Paróquia e é muito bonito ver o engajamento deles e se Deus quiser vamos caminhar novamente juntos”, frisou Rita.

Daniel Mendes, de 37 anos, foi um dos primeiros a chegar e também é da Coordenação Pastoral da Juventude. Para ele, a experiência foi fantástica e desafiadora. “O que vale a pena é quando chegamos aqui em cima e temos essa vista maravilhosa que Deus fez para nós” disse e definiu em uma palavra esse momento: experiência.

“Este ano estamos com um número grande de participantes. Foi uma subida tranquila, com um pessoal coerente, parceiro, um preocupado com o outro. Pegamos um clima agradável aqui em cima com uma convivência bacana”, revelou Frei Pedro que define essa experiência como: ‘O céu é o limite’.

Para Frei Pedro de Oliveira "o céu é o limite"
Para Frei Pedro de Oliveira "o céu é o limite"

“Com o coração cheio de gratidão vivi uma das experiências mais difíceis e incríveis da minha vida. Conhecer esse Cruzeiro me fez vencer meus limites e me deu a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas. Jovens super cheios de força e coragem. Conheci os franciscanos da Paróquia Santa Clara, pessoas cheias de amor e companheirismo. Obrigada meu Deus por esse momento, obrigada meu Deus por estar comigo e pela oportunidade de estar ao lado de pessoas maravilhosas! É cansativo, é desafiador mas no final tudo vale a pena”, destacou a jovem Fernanda Mercier de Oliveira Tessarolo, que participa na Paróquia vizinha de São Silvano.

E assim, após a chegada de todos os participantes, os freis conduziram um momento de oração aos pés da cruz. 

Certamente a subida a Pedra do Cruzeiro proporcionou memórias duradouras e uma sensação de missão cumprida que não ficará registrada apenas nas fotografias, mas no coração de todos aqueles que se colocaram à disposição para se conectar com Deus por meio da natureza, vivendo uma experiência nova. 

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17 novembro 2023, 09:29