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Foto: Daniela Sá e Joana Cardoso / Foto Agência Ecclesia Foto: Daniela Sá e Joana Cardoso / Foto Agência Ecclesia 

O Papa cheira “à paz”, afirma Daniela Sá, que abraçou Francisco

Jovens com deficiência rezaram o terço com o Santo Padre em Fátima na Cova da Iria. E tiveram a oportunidade de cumprimentar o Papa Francisco. Uma história contada na reportagem de Sónia Neves, jornalista da Agência Ecclesia.

Rui Saraiva – Portugal

“Todas” as mensagens e emoções sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), partilhadas pelos que viveram intensamente seis dias de fraternidade em Lisboa, devem ser registadas para memória futura. As próximas semanas deverão ser o tempo para essa recolha.

Cabe nessa linha de registo, a passagem de Francisco pelo Santuário de Fátima na manhã de sábado dia 5 de agosto. Um momento de grande intensidade espiritual com jovens que necessitam da nossa atenção especial. O Papa assim fez e é um desses testemunhos que aqui apresentamos na reportagem da jornalista da Agência Ecclesia, Sónia Neves.

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Daniela Sá é uma jovem portadora de deficiência que esteve na Capelinha das Aparições perto do Papa Francisco com a sua acompanhante Joana Cardoso. Juntamente com outros jovens rezou o terço com o Santo Padre e cumprimentou o pontífice no final.

“Foi muito bom, também lhe dei um beijinho e foi incrível, gostei muito, foi único”, disse Daniela Sá à Agência Ecclesia, no final da visita do Papa ao santuário mariano da Cova da Iria.

Sobre este abraço e toque a Francisco, a jovem com deficiência afirmou que o Papa cheira “à paz”.

“Foi, sem dúvida, um momento indescritível, o ponto alto desta Jornada até agora foi este momento mais íntimo com o Papa Francisco”, disse Joana Cardoso, a acompanhante de Daniela Sá.

À Agência Ecclesia, contextualizou que não estava previsto” chegar perto do Papa mas foi um “daqueles imprevistos que acontecem mas é bom”.

“Não queria furar qualquer protocolo, ao esticar a mão senti ser puxada para receber um abraço do Papa Francisco. Foi um abraço diferente mas sem dúvida um olhar muito, muito ternurento, um olhar muito doce; Uns olhos nos olhos, sem dúvida”, desenvolveu.

Jovens com deficiência e seus acompanhantes, leigos e consagrados rezaram na manhã de sábado dia 5 de agosto, em várias línguas, os cinco mistérios gozosos do Terço, na Capelinha das Aparições, juntamente com o Papa Francisco.

O primeiro mistério, em português, foi rezado por Daniela Sá, jovem com deficiência, e por Joana Cardoso, sua acompanhante, e teve como intenção os jovens presidiários, “para que, com o auxílio de Maria, possam sentir a ternura de Deus Pai nas suas vidas e vivam na confiança de que Ele nunca os abandona”.

Daniela Sá explicou que estiveram “a rezar a dezena” e afirmou que “foi incrível”, manifestando “muita alegria, muita gratidão” por ter a oportunidade de estar na Capelinha das Aparições e ver o Papa.

“Ao passar as contas de cada Avé-Maria, estando ali como voluntária, foi pensar em cada voluntário que nos acompanha e também nos cuidadores, sem nunca esquecer o pai, a mãe, aqueles que estão do outro lado, as instituições, que tantas vezes cuidam de jovens que não têm retaguarda familiar. Foram 10 dezenas que foram para mim bastante marcantes, em cada uma tentei lembrar um voluntário, um pai, uma mãe, uma instituição”, desenvolveu Joana Cardoso.

Segundo esta acompanhante, sentiram-se incluídos nesta iniciativa, “sem dúvida”, que foi trazer para o meio “aqueles que muitas vezes são olhados de lado, são colocados pela indiferença”, e o objetivo foi levar para o meio e mostrar ao país e ao mundo, “porque o mundo está centrado estes dias em Portugal, e esta manhã na Cova da Iria”.

“Foi sem dúvida mostrar que a pessoa com deficiência é mais do que a sua deficiência, temos que conseguir ver primeiro a pessoa e depois a deficiência. E isso hoje foi sem dúvida, marcante, notório, e foi um passo muito importante dado pelo Papa”, destacou.

Fátima foi umas das etapas da visita do Papa Francisco a Portugal no âmbito da JMJ Lisboa 2023. A capital portuguesa juntou mais de um milhão e meio de jovens peregrinos de 1 a 6 de agosto.

O Papa pediu-lhes para não terem medo do futuro e serem capazes de levar para as suas comunidades a onda de esperança criada por esta JMJ em Lisboa.

Francisco apelou a uma Igreja inclusiva, sem portas fechadas, na qual caibam “todos”.

Laudetur Iesus Christus

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09 agosto 2023, 10:17