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Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 

Dom Jaime Spengler: CNBB não tem posição política, mas segue a Doutrina Social da Igreja

Em entrevista ao Vatican News, o presidente da CNBB afirma que as atividades e o trabalho da Conferência e da Igreja no Brasil, são pautadas pelo Santo Evangelho.

Filipe Brogliatto - Porto Alegre

Nem à esquerda, nem à direita. A Igreja Católica não tem posição política, nem partido, mas sim uma Doutrina Social, baseada no Santo Evangelho. É isso que explica ao Vatican News, o arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler. 

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Na entrevista que concedeu ao jornalista Filipe Brogliatto na Cúria Metropolitana da capital gaúcha, dom Jaime foi indagado sobre seu posicionamento político, respondendo que apenas o Evangelho é o que “pauta as escolhas a as decisões” da Igreja Católica e da CNBB. “É a partir do evangelho que nós somos pastores do povo de Deus na sociedade de hoje”, destaca o arcebispo.

Se por um lado o presidente da CNBB não expressa nenhum posicionamento político, com firmeza reafirma o compromisso de manter o propósito e o respeito à Doutrinal Social, algo tão evidente no pontificado do Papa Francisco: a preferência pelos pobres, marginalizados e excluídos da sociedade.

“É verdade que há elementos [da Doutrina Social] que por acaso desagradam talvez um setor ou um outro, um ou outro aspecto, no contexto da vida social. Mas faz parte do próprio anúncio [a Igreja Católica] ser também sinal de contradição”, completa dom Jaime.

Além disso o arcebispo de Porto Alegre, propõe que a Igreja seja um sinal de contradição na sociedade, mesmo que esse processo seja desconfortável e cause tensões e conflitos. “Uma Igreja que, não instiga, não desinstala, não promove a vida, [...] seria uma igreja que necessitaria também fazer uma espécie de autocrítica”, finalizada o presidente da CNBB.

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15 agosto 2023, 09:22