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Bispos europeus: contra a crise energética, preços acessíveis a todos

Num comunicado divulgado, a Comece pede aos governos do Velho Continente que implementem medidas concretas de alívio econômico, eficiência e economia. Dom Antoine Hérouard, presidente da Comissão de Assuntos Sociais: fazemos um apelo à solidariedade entre todos os países. É necessário construir um novo sistema continuando as parcerias no setor de energia.

Federico Piana – Vatican News

A preocupação da Igreja na Europa com a emergência energética que afeta o mundo inteiro está contida num comunicado oficial divulgado, na segunda-feira (07/11), pela Secretaria da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE). Em seu apelo, os bispos exortam fortemente todos os governos da UE a "garantirem o acesso justo à energia a preços acessíveis a todos, especialmente aos mais vulneráveis, sem perder de vista os objetivos a longo prazo de uma transição energética justa e sustentável".

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Guerra e insegurança energética

A Comece vê na guerra na Ucrânia um dos principais fatores que desencadeou a atual crise energética que está empobrecendo cada vez mais famílias e empresas. "A dependência excessiva das importações de petróleo e gás de um único fornecedor", escrevem os bispos, "permitiu que a Rússia usasse seus suprimentos como arma. Isso reforçou a insegurança energética em toda a Europa".

Hérouard: "Não esquecer a Doutrina Social"

"A nossa declaração é um apelo à solidariedade entre os países europeus e uma atenção especial aos mais pobres", disse dom Antoine Hérouard, arcebispo de Dijon e presidente da Comissão de Assuntos Sociais da Comece. O prelado destaca a existência de "ligações evidentes entre as soluções políticas, que cabem aos governos, e os princípios da Doutrina Social da Igreja. Neste sentido, queremos sublinhar os grandes princípios sobre o destino universal dos bens, sobre a opção preferencial pelos pobres e sobre o equilíbrio entre justiça e paz".

Alívio econômico e economia de energia

À UE, os bispos europeus sugerem tomar medidas concretas e imediatas. Dom Héroud explica que essas poderiam ser "medidas temporárias de alívio econômico numa distribuição justa dos recursos. Depois, é preciso priorizar a eficiência energética e identificar os objetivos para os quais é possível uma redução responsável do consumo de energia". Os bispos também aconselham os Estados membros a continuar com parcerias bilaterais e multilaterais destinadas a lançar as bases para um novo sistema universal de energia.

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08 novembro 2022, 11:07