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"O sacerdote não recebe uma missão ou uma responsabilidade apenas como um trabalho qualquer, mas consagra toda a sua vida a Jesus Cristo, como seu sacerdote para sempre". "O sacerdote não recebe uma missão ou uma responsabilidade apenas como um trabalho qualquer, mas consagra toda a sua vida a Jesus Cristo, como seu sacerdote para sempre". 

No Camboja, ordenado primeiro sacerdote da etnia Phnong

A primeira comunidade católica no Camboja foi fundada em 1555 por missionários portugueses. Durante o regime de Pol Pot, de 1975 a 1979, a comunidade foi completamente destruída, tanto em termos de infraestrutura quanto de recursos humanos. Atualmente a igreja cambojana tem cerca de 20.000 católicos, 10 sacerdotes cambojanos e cerca de 10 religiosas.

A Igreja Católica no Camboja está em festa pela ordenação sacerdotal do primeiro jovem da etnia Phnong. Uma procissão enriquecida de música, cantos e danças tradicionais da etnia Phnong acompanhou o jovem Bun Hong Prak até a igreja, um "presente dos Phnong a Deus".

A Celebração Eucarística de ordenação, que contou com a presença de 52 sacerdotes de 3 dioceses, foi presidida por Dom Olivier Schmitthaeusler, vigário apostólico de Phnom Penh. Em sua homilia, expressou sua alegria pelo evento eclesial: "O anúncio do Evangelho está tomando forma em uma região remota. O novo sacerdote é chamado a servir, dar a vida e administrar os sacramentos de Deus aos católicos. Como São Pedro e São Paulo são modelos de evangelização para nós, deixemos que o Espírito nos conduza a pregar o Evangelho: seguir a vontade de Deus, anunciar Jesus Cristo, o Filho de Deus, continuando, com fé, o nosso objetivo, ou seja, a vida eterna. O sacerdote não recebe uma missão ou uma responsabilidade apenas como um trabalho qualquer, mas consagra toda a sua vida a Jesus Cristo, como seu sacerdote para sempre". Por fim, o bispo pediu a todos os sacerdotes da região para "incentivar, acolher e dar exemplo ao novo sacerdote, vivendo em fraternidade, como uma família, em Jesus Cristo, e unidos em Deus”.

Dom Olivier Schmitthaeusler recordou ainda, em sua homilia, as características que a vida sacerdotal deve ter: ser “alter Christus” (ser outro Cristo na terra), participar da família dos demais sacerdotes, ouvir e proclamar a Boa Nova, ter uma vida de oração, administrar os Sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação e, por fim, entregar a sua vida, como fez Jesus Cristo.

Ao término da sua homilia, o prelado agradeceu ao novo sacerdote, padre Bun Hong Prak pelo seu caminho de dedicação, mas também à numerosa família católica no Camboja, à qual anunciou: “No próximo mês de setembro, o Vicariato Apostólico de Phnom Penh acolherá três novos diáconos do Seminário Maior de São João Maria Vianney”.

O rito de ordenação sacerdotal teve lugar no último dia 29 de junho na Igreja de São João Batista, na comunidade de Busra, Província de Mondulkiri, localizada ao nordeste do Camboja, a mais de 500 km da capital Phnom Penh. A região é habitada, sobretudo, pela minoria étnica Phnong.

O novo sacerdote, nascido nesta comunidade, é o décimo sacerdote cambojano que presta serviço pastoral nas três circunscrições eclesiásticas do Camboja. Logo após ser ordenado, afirmou que "Deus me chamou e me elegeu entre seus levitas para servir a Ele e à comunidade. Ele me abençoou, pelas mãos do bispo, dando-me forças para servir a Igreja no futuro. Quero partilhar a Boa Nova com o povo que me foi confiado, tornando mais conhecido o amor de Jesus a todas as criaturas”.

A comunidade de São João Batista de Busra começou com 15 famílias Phnong, que aderira à fé católica quando fugiram para o Vietnã, durante a guerra civil no Camboja. Ali se converteram do animismo ao catolicismo e receberam o batismo do padre Jean Moriceau. Em tempos de paz, retornaram ao Camboja.

Em 1996, um jovem voluntário francês, Vincent Sénéchal, chegou a Busra, onde encontrou a comunidade de católicos que precisava de um padre para celebrar Missa e visitar as famílias. Hoje a paróquia de Busra tem mais de 300 católicos, cuja maioria trabalha na lavoura. Esta paróquia também tem uma jovem religiosa da Congregação das Irmãs Amantes da Cruz, instituto diocesano da prefeitura de Kampong Cham.

A primeira comunidade católica no Camboja foi fundada em 1555 por missionários portugueses. Durante o regime de Pol Pot, de 1975 a 1979, a comunidade foi completamente destruída, tanto em termos de infraestrutura quanto de recursos humanos. Todos os bispos, padres, clérigos, leigos e um grande número de católicos foram mortos e os missionários estrangeiros expulsos do país. Após a guerra, os católicos tentaram recomeçar. Em 2001, quatro jovens cambojanos foram ordenados sacerdotes pela primeira vez no Camboja. Atualmente a igreja cambojana tem cerca de 20.000 católicos, 10 sacerdotes cambojanos e cerca de 10 religiosas.

*Com Agência Fides

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12 julho 2022, 11:53