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Santíssima Trindade Santíssima Trindade 

Santíssima Trindade fonte de paz e solidariedade!

Neste tempo de pós pandemia, em que buscamos novos paradigmas civilizatórios, que realcem a fraternidade, o diálogo, a partilha, e cuidado dos bens públicos, nada melhor que inspirar-se na Trindade Santa, modelo de como aperfeiçoar a comunidade e a sociedade.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos

Após 100 dias de guerra na Ucrânia, e outros lugares de conflito no mundo, tem-se invocado o socorro e amparo da Nossa Mãe, detentora dos títulos de Nossa Senhora de Kazan, da Rússia, e de Fátima, ajudando a muitos refugiados, e mesmo feridos, a perseverarem na sua luta por sobreviver.

Ainda vale a intercessão para desbloquear as tratativas de paz e de negociação de acordos. O artista iconógrafo, André Rublev, com a intenção de oferecer um quadro para contemplar a origem e natureza da verdadeira paz, nos deixou o Ícone (imagem sagrada) da experiência de Abrahão que acolheu com generosidade e hospitalidade, em Mambré, três visitantes misteriosos que serão identificados com as três pessoas da Santíssima Trindade, que estão em torno de um altar mesa.

O movimento de círculo inclusivo, dos três, mostra o que a teologia chama de circuncessio e pericorese, a perfeita comunhão e interpenetração das três pessoas, que saem de si mesmas para encontrar-se em plena harmonia, e assim para colocar-se a serviço da salvação e redenção da humanidade e de toda a Criação.  São Sérgio, monge russo, afirmava que é contemplando a comunhão trinitária que obtemos serenidade, confiança e misericórdia, para fazer acontecer a paz. Séculos mais tarde, às vésperas da Revolução bolchevique, Nicolai Berdaieff, um político cristão, que se candidatava para a Duma (Parlamento), inquirido sobre o seu programa e plano de governo, pensou e respondeu: “O meu programa é a Santíssima Trindade”. 

Como ficaram atônitos, olhando para ele, continuou: “... porque para edificar uma sociedade que respeita, e coloca no centro as pessoas, temos que evitar o exagerado coletivismo que tira a autonomia e liberdade, mas também superar o egoísmo individualista que leva a desigualdade, aprender com a Trindade a ser comunidade de pessoas e a viver a solidariedade e ajuda mútua construindo uma sociedade justa, equitativa e convergente”.

Sim, neste tempo de pós pandemia, em que buscamos novos paradigmas civilizatórios, que realcem a fraternidade, o diálogo, a partilha, e cuidado dos bens públicos, nada melhor que inspirar-se na Trindade Santa, modelo de como aperfeiçoar a comunidade e a sociedade. Deus seja louvado!

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10 junho 2022, 16:22