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Encontro do Santo Padre com a União Internacional das Superioras Gerais em 2019 Encontro do Santo Padre com a União Internacional das Superioras Gerais em 2019 

XXII Plenária das Superioras Gerais: abraçar a vulnerabilidade no caminho sinodal

"Promovemos um caminho onde todos podem falar e sentir-se parte de um projeto comum mais amplo", afirma Irmã Jolanta Kafka, presidente da União Internacional das Superioras Gerais, por ocasião da XXII Assembleia Plenária em Roma

Sebastián Sansón Ferrari – Vatican News

"Abraçar a vulnerabilidade no caminho sinodal": muito mais do que uma frase feita. É a indicação de rota para cerca de 700 religiosas, de 71 nacionalidades diferentes, que se reúnem na cidade eterna de segunda (02) a sexta-feira 6 de maio para a XXII Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais, a UISG. Em 2022, o foco de trabalho é inspirado na consciência da vulnerabilidade vivida nos últimos dois anos, marcada tanto pelo coronavírus assim como pelo drama da guerra. Participarão presencialmente 514 religiosas no Hotel Ergife em Roma, enquanto 181 participam online. De acordo com a União das Superioras os países com mais registros são Congo, Nigéria, Gana, EUA, Brasil, Canadá, México, Índia, Coreia, Japão, França, Itália, Espanha e Alemanha.

Ouça e compartilhe!

São religiosas de todo o mundo que promovem a missão, a comunhão e a espiritualidade. A instituição que as representa procura proporcionar um fórum internacional onde as Superioras Gerais possam compartilhar suas experiências, trocar informações, apoiar-se mutuamente como líderes na Igreja e no mundo, encorajar os líderes a fomentar o diálogo e a colaboração, entre outras tarefas.

Que todos sejam um

Após a apresentação dos trabalhos, que aconteceu na Sala de Imprensa da Santa Sé no dia 29 de abril, a Irmã Jolanta Kafka, Presidente da União das Superioras, falou aos microfones da Rádio Vaticano - Vatican News. Irmã Jolanta afirmou que, no marco do caminho sinodal 2021 - 2023, a Congregação para Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica as convidou a participar da vida da Igreja local, nas comissões, de estarem presentes, na escuta, e fazer com que todas as vozes fossem ouvidas. Ela também considerou que uma reflexão interna das ordens religiosas pode influenciar uma disposição renovada em sua missão. "Acreditamos que uma contribuição seja oferecer a riqueza das espiritualidades e dos carismas para o bem da Igreja, com maior força, e aprender uns com os outros", disse a religiosa.


A importância de criar espaços seguros para todos

O acompanhamento das Superiores Gerais é um elemento mencionado pela Irmã Jolanta, que defende a cultura do cuidado, da proteção. Também têm o objetivo de aumentar a consciência da responsabilidade de todas na prevenção de abusos. Irmã Jolanta disse que a União das Superioras promove âmbitos formativos no assunto. Por exemplo, em março de 2022, organizou um curso online de dois dias sobre "Nomear o Inominável", dirigido pela Irmã Ianire Angulo Ordorika, ESSE, das Servas da Santíssima Eucaristia e da Mãe de Deus. O encontro contou com a participação de mais de 450 religiosas, religiosos e leigos que, segundo a nota da União das Superioras, estão envolvidos, de diversas formas, no campo da prevenção de abusos físicos e sexuais, bem como abuso de poder e de consciência. A religiosa informou também que a União das Superioras tem uma comissão mista com a União dos Superiores Gerais que acompanha os institutos na criação de protocolos e forma as irmãs para prevenir qualquer tipo de abuso.

O papel das diaconisas na Igreja primitiva

Questionada sobre o pedido que a União das Superioras fez ao Santo Padre há seis anos sobre a possibilidade de mulheres diaconisas, a irmã disse que a questão foi analisada pela primeira comissão, cujo trabalho agora está terminado. Entretanto, ela acrescentou que o Pontífice queria que o assunto fosse estudado em profundidade; portanto, uma segunda comissão foi criada há dois anos e espera-se os resultados.

Cinco dias intensos

As religiosas intercalam conversas, momentos de silêncio, feedback, conversa à mesa, oração com a Eucaristia e outras atividades. Na segunda-feira, 2 de maio, o foco da reflexão é a vulnerabilidade. A terça-feira 3 é dedicada ao tema "Em direção a um processo sinodal". Na quarta-feira, 4 de maio, o foco é a vida religiosa e a sinodalidade, enquanto na quinta-feira, 5 de maio, o foco é "Acolhida radical: a caminho das periferias", e neste dia elas terão uma audiência com o Santo Padre. Por fim, na sexta-feira 6 trabalharão sobre o tema "Chamadas a transformar-se".

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02 maio 2022, 13:10