Busca

Um sacerdote missionário Um sacerdote missionário 

Fé, missão 'ad gentes' e universalidade: elementos do carisma das POM

"O carisma das Pontifícias Obras Missionárias (POM) forma e desenvolve, em cada batizado, um espírito missionário, arraigado na oração, no sacrifício e na caridade, a serviço do Santo Padre, em seu ministério de promover a missão ‘ad gentes’ e ajudar todas as Igrejas". Palavras do Arcebispo Dom Giampietro dal Toso no encontro dos diretores nacionais das POM do continente americano

VATICAN NEWS

O Arcebispo Dom Giampietro Dal Toso, presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), inaugurou o encontro dos Diretores Nacionais das POM do continente americano, ocorrido em plataforma virtual. Em seu discurso, Dom Dal Toso refletiu sobre o carisma das Obras, indicando algumas pistas para o trabalho dos participantes. O Arcebispo recordou, inicialmente, as próximas celebrações do bicentenário das POM: “Para mim, esta é uma ótima oportunidade para respondermos a duas questões, aplicadas às nossas respectivas incumbências: Onde nascemos? Qual o nosso papel, hoje, na Igreja? O futuro das Pontifícias Obras Missionárias depende da resposta que dermos a estas duas perguntas”.

Ouça e compartilhe!

Buscar o carismo da Obra

Segundo o Presidente das POM, é preciso fazer um trabalho interno para redescobrir as raízes das nossas atividades, para que sejam eficazes hoje: "Uma reforma verdadeira não consiste tanto em mudar as estruturas, mas em reviver o espírito que as anima". Isto pode ser traduzido na realidade com um trabalho de aprofundamento sobre a natureza das Obras, junto também com seus Diretores diocesanos. Em relação ao carisma das POM, o Arcebispo disse que se trata de um "carisma único", que pode ser declinado em quatro modos diferentes: "O carisma não é nosso, mas o recebemos... trata-se de uma realidade que não é nossa, mas nos foi dada; além da gratidão, devemos preservar e aprofundar este dom. Logo, o carisma não é nosso, mas nos foi dado para o nosso bem e de toda a Igreja. Uma vez que este carisma nos foi dado, podemos nos perguntar: o que ele representa, hoje, para a vida da Igreja, ou melhor, por que é útil, hoje, para a Igreja?” Assim, o Presidente das POM definiu o carisma da seguinte maneira:

“O carisma das POM forma e desenvolve, em cada batizado, um espírito missionário, arraigado na oração, no sacrifício e na caridade, a serviço do Santo Padre, em seu ministério de promover a missão ‘ad gentes’ e ajudar todas as Igrejas”

Fé, missão ad gentes, universalidade

Esta definição permite-nos manter a união dos três elementos fundadores, que nos ajudam a compreender e a pôr em prática, hoje, o carisma, que nos foi confiado: “Fé, missão ‘ad gentes’, universalidade”. Aqui, Dom Dal Toso explicou o primeiro: a : "A fé é o ponto de partida e de chegada das Obras, porque é o Batismo que habilita a missão em nós; mas, a nossa missão nasce da relação que temos com Cristo, ou seja, da experiência de Cristo ressuscitado. Eis porque a fé em Cristo é o ponto de partida e chegada das Obras”. Segundo São João Paulo II, “a fé se fortalece quando é doada”.

Sobre o segundo elemento, ou seja, a missão ‘ad gentes’, o Arcebispo afirmou que, já nas Escrituras, há distinção entre fé e "não fé”: “Daqui, nasce a nossa grande tarefa: manter vivo o sentido missionário na Igreja, precisamente no anúncio do Evangelho, que jamais deve ser considerado concluído”. Dar novo entusiasmo ao impulso missionário, através da animação à missão, é um desafio que pertence, no fundo, às Pontifícias Obras Missionárias.

Enfim, o Arcebispo Dal Toso, explicou o sentido do terceiro elemento: a universalidade: "A abertura universal, ou seja, o olhar sem confins ao mundo inteiro e a todas as pessoas, que esperam receber o dom da fé, é uma característica das POM, que nos é dada para o bem de toda a humanidade". Dos três elementos fundadores do carisma POM, segue o aspecto prático: oração, caridade, formação e informação.

O Presidente das POM concluiu sua intervenção destacando cinco aspectos do trabalho dos Diretores das POM no Continente americano: oportunidade de continuar a promoção da experiência das famílias missionárias; convite a encarar o VI Congresso Americano Missionário (CAM6), que se realizará em Porto Rico, em 2023, não tanto como momento de celebração, mas também como ocasião para propor ações concretas nas dioceses; urgência de fazer, na fase preparatória do CAM6, uma reflexão teológica sobre a missão, em nível teológico digno, que não seja reduzida à simples repetição de palavras eclesiásticas, mas construída em uma base bem fundada, coerente e ancorada na doutrina cristã.

Por fim, o Arcebispo exortou os participantes a continuar a trabalhar com os meios de comunicação de massa, mesmo com poucas atividades ou canais, para incidir, concretamente, no tecido dos fiéis; reforçar o compromisso com a caridade missionária.

(com Agência Fides)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

20 fevereiro 2022, 07:27