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Padre Omar: a fé do povo brasileiro representada a partir do Cristo Redentor

O primeiro santuário a céu aberto do mundo, inaugurado em 12 de outubro de 1931 se prepara para receber as homenagens de todos os cariocas e de todos os brasileiros pelos seus 90 anos.

Silvonei José - Vatican News

O reitor do Santáuario do Cristo Redentor, padre Omar Raposo visitou nos dias passados a Rádio Vaticano – Vatican News e numa ampla entrevista que irá ao ar no programa Em Romaria da próxima quinta-feira, dia 23 de setembro, contou ao jornalista Silvonei José um pouco da história deste símbolo da fé dos brasileiros e da programação para a grande festa no dia 12 de outubro.

Começamos falando da sua passagem aqui por Roma, mas temos no horizonte agora um momento muito especial, os 90 anos do Cristo Redentor.

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R. Olha é um momento especialíssimo. Traz uma história de grande importância, de grande relevância para compreendermos o posicionamento político e espiritual do povo brasileiro e que deve ser muito bem celebrado por nós. 90 anos de história muita coisa a ser contada, experimentada e mais do que isso apresentar o Cristo Redentor hoje vivo, presente criando conexão e relação com a sociedade. Todo carioca, todo brasileiro todo visitante, peregrino, turista, pessoas das mais diversas partes do Brasil e do mundo que passam por ali na montanha do Corcovado e olham para aquele grande símbolo de braços abertos, experimentam algo novo. Alguma coisa está acontecendo em torno do Cristo Redentor e não apenas um aniversário, mas um Cristo que hoje quer interagir e a partir disso estamos criando uma importante cultura, uma cultura digital e em torno desse momento algo que vai ser diferenciado. Nós termos também uma correlação entorno da agenda 2030, os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável.

Padre Omar
Padre Omar

Temos outros eixos que acabam norteando a vida do Cristo Redentor, com por exemplo, o modelo de governança institucional estabelecido hoje, destacando o Cristo Redentor com um Santuário que não é apenas um monumento, um monumento perdido no alto da montanha, que está ali para ser fotografado, mas esse modelo de governança cria um ambiente filantrópico, um ambiente religioso, aberto ao turismo, aberto à dimensão cultual e cultural. Esse Cristo de braços abertos, hoje é um Cristo que se tornar paradigma para tantas outras realidades pastorais do nosso imenso Brasil.

Por isso, ao celebrarmos o Cristo Redentor queremos identificar nele um novo jeito de ser Igreja, momento que está profundamente ligado à perspectiva da Fratelli tutti,  monumento que traz uma ambiência muito convergente com todos os anseios do ser humano, do homem de hoje, da mulher de hoje. Ao pensarmos no Cristo Redentor pensamos no momento atual, vivo, que quer se relacionar, por isso mais do que nunca essa festa vem caracterizada pelo apelo social, para um olhar diferenciado em relação aos mais vulneráveis. Um monumento quer também resgatar a economia do Estado do Rio de Janeiro, ele é porta de entrada do turismo brasileiro. Monumento, que quer igualmente trazer referências socioambientais... a questão ambiental muito presente, estamos inseridos numa floresta no parque nacional, e ao mesmo tempo esse símbolo de fé.

É a fé do povo brasileiro representada a partir deste grande Cristo Redentor que está a 710 m de altura acima do nível do mar e que tem comunicado esperança. A comunicação simbólica do Cristo Redentor é Redentora, é universal, é uma comunicação que cria inúmeras ações convergentes, e ao mesmo tempo deve ser melhor explorado por todos nós inclusive pela própria Igreja.

A entrevista na sua íntegra irá ao ar nesta quinta-feira, dia 23, no Programa Em Romaria.

 

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21 setembro 2021, 15:04