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Enfermeira portorriquenha aplica vacina em centro de vacinação de San Juan Enfermeira portorriquenha aplica vacina em centro de vacinação de San Juan 

Porto Rico: a partir de 15 de setembro, vacinação obrigatória para sacerdotes e diáconos

Os bispos de Porto Rico definem como "deplorável" o fato de as pessoas contrárias à vacinação instrumentalizem de modo errado a doutrina católica. Quanto à objeção segundo a qual a obrigação seria uma violação das liberdades individuais, a Instrução pastoral que esta nunca é absoluta, mas “limitada pelo princípio do Bem Comum”.

Vatican News

A partir do próximo dia 15 de setembro em Porto Rico, os sacerdotes e diáconos terão a obrigação de ser vacinados para poder presidir as liturgias. Isso foi estabelecido por uma Instrução pastoral da Conferência Episcopal de Porto Rico (CEP), na qual é reafirmado com o Papa Francisco o dever ético de se vacinar como um "ato de amor”. Os fiéis não vacinados poderão assistir às Missas na igreja, mas em espaços reservados, e serão aconselhados a abster-se, por ora, de participar de outras atividades pastorais comunitárias presenciais.

As novas disposições seguem dois recentes decretos-executivos do Governador do Estado que, analogamente ao que vem ocorrendo em vários países do mundo, impõem aos funcionários públicos e empresas privadas a obrigatoriedade de vacinar-se contra o coronavírus.

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Disposições que "não contradizem os ensinamentos da Igreja ou as declarações e ações do Papa Francisco a respeito da vacinação contra a Covid-19", explica o documento da Igreja porto-riquenha, que também proíbe expressamente sacerdotes, diáconos ou agentes pastorais de "declarar sob juramento“ as isenções solicitadas pelos fiéis por motivos religiosos, como admitem as novas diretrizes do governo.

 

De fato, não existe “nenhum fundamento doutrinário para a recusa da vacinação”, reiteram os prelados que recordam a este propósito diversos documentos sobre o assunto publicados pela Congregação para a Doutrina da fé e pela Pontifícia Academia para a Vida.

Neste sentido, a CEP define como "deplorável" o fato de as pessoas contrárias à vacinação instrumentalizem de modo errado a doutrina católica. Quanto à objeção segundo a qual a obrigação seria uma violação das liberdades individuais, a Instrução pastoral que esta nunca é absoluta, mas “limitada pelo princípio do Bem Comum”.

Em referência às dúvidas levantadas por alguns cidadãos sobre a segurança para a saúde dos novos antídotos, o documento recorda que, de acordo com os dados científicos disponíveis até o momento, as vacinas aprovadas pela Food and Drug Administration para os Estados Unidos, e portanto, também para Porto Rico , são "seguras e eficazes". “Elas não são perfeitas e não oferecem 100% de proteção contra o contágio”, mas nenhuma vacina oferece essa proteção.

Na ausência de contraindicações médicas, existe portanto o “dever ético de se vacinar”, insistem os bispos porto-riquenhos que recordam as palavras de Francisco na mensagem em vídeo de 18 de agosto: “Vacinar-nos - disse o Papa - é um modo simples mas profundo forma para promover o bem comum e de cuidar uns dos outros, especialmente dos mais vulneráveis​​”.

A curva pandêmica voltou a crescer em Porto Rico a partir do final de junho e com ela o número de internações também aumentou. A média de novas infecções diárias é próxima a mil e o total é de 202 mil casos com mais de 2.800 mortes.

Vatican News Service - LZ

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29 agosto 2021, 08:25