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Confederação Nacional das Misericórdias une-se à máquina de solidariedade internacional pelo Haiti

Locais mais remotos do Haiti atingidos pelo terremoto ainda não foram alcançados, especialmente pelas dificuldades de locomoção apresentadas por estradas bloqueadas ou pela falta delas. Diante de mais esta catástrofe, entrou em movimento uma verdadeira máquina de solidariedade em várias partes do mundo quer por parte da Igreja, como de Governos e ONGs.

Vatican News

A máquina de solidariedade internacional colocada em movimento em favor do Haiti, severamente atingido pelo recente terremoto no sudoeste da ilha, não para.

Na Itália, à ajuda enviada pela Conferência Episcopal Italiana e pela Caritas, soma-se a iniciativa da Confederação Nacional das Misericórdias que lançou uma campanha para contribuir com a compra de kits de sobrevivência para famílias desabrigadas e à mercê de intempéries e tempestades tropicais.

A entrega do material - informa um comunicado de imprensa - foi confiada à Nunciatura Apostólica de Porto Príncipe e a duas organizações católicas: AVSI e Malteser International, que já operam na região desde o outro catastrófico terremoto que atingiu o Haiti em 2010. Por meio dessas duas associações, as Misericórdias enviarão kits de sobrevivência constituídos por uma tenda para abrigo, alimentos duráveis e produtos de higiene e saúde pessoal.

 

Para participar, basta acessar o site www.misericordie.org - onde na plataforma https://www.retedeldono.it/it/progetti/misericordie-ditalia/emergenza-sisma-haiti-misericordie - é possível comprar os kits por 50 euros cada, que serão entregues diretamente às famílias através da Malterser e da Avsi. Também no site da Confederação serão contabilizados todos os kits doados graças aos relatórios da Nunciatura Apostólica e da AVSI. A meta é atender cerca de 700 famílias.

As vítimas do terremoto já são mais de 2.200 e os feridos cerca de 12 mil, sem falar nos danos materiais substanciais na infraestrutura. São 600 mil as pessoas desabrigadas devido à destruição de pelo menos 50 mil moradias. Outras 77 mil casas foram danificadas pelo terremoto. Uma das maiores dificuldades é o abastecimento de água, principalmente nas áreas mais remotas da ilha.

 

Mesmo que a fase inicial de emergência tenha passado, ainda não se conhece o número exato de vítimas e o montante de danos, especialmente em função da inacessibilidade dos pequenos centros habitados.

O principal obstáculo para levar as ajudas é a dificuldade de transitar pelas estradas danificadas ou com obstáculos. Os socorros têm se concentrado nas grandes cidades, onde se pode chegar mais facilmente, mas que por outro lado têm sido palco de violências na disputa por gêneros de primeira necessidade ou com a interceptação de caminhões na principal estrada nacional, mais facilmente transitável, quer por gangues como por aqueles que se sentem negligenciados nas ajudas.

Apesar das dificuldades, “há uma ótima colaboração, embora não exista uma coordenação real das intervenções, o que é difícil nessas situações em função dos muitos atores presentes. Isso cria problemas de eficiência”, declarou à Agência Ansa a responsável pelo Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, Alessandra Giudiceandrea. Ela enfatiza, no entanto, “o clima de boa vontade existente. Por exemplo, as estruturas de saúde privadas estão atendendo gratuitamente. Cada um faz o melhor que pode, mas as necessidades são infinitas, nunca se faz o bastante”.

Vatican News Service -LZ

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26 agosto 2021, 10:17