Funeral do Pe. Olivier Maire celebrado em Saint-Laurent-sur-Sèvre

Olivier Bonnel - Cidade do Vaticano

A Missa fúnebre do padre Olivier Maire, assassinado no dia 9 de agosto, foi celebrada no início da tarde desta sexta-feira, 13, na Basílica de São Luís Maria Grignon, em Montfort, onde o sacerdote foi ordenado há 31 anos.

Cerimônia sóbria e comovente na presença de familiares do falecido sacerdote, membros da família Montfortina, além de autoridades. O governo foi representado pelo ministro da Justiça, Éric Dupont-Moretti. Entre as personalidades religiosas, a presença de Dom Andrea Ferrante, representando o núncio apostólico em Paris, Dom Celestino Migliore, bem como de vários bispos, do Centro ou do Oeste da França em particular. Um número limitado de fiéis pode se acomodar na basílica, no respeito aos protocolos anti-Covid. Um enorme telão foi instalado na praça adjacente para permitir que outras pessoas pudessem acompanhar a cerimônia.

Uma cerimônia, aliás, que começou com vários testemunhos em homenagem ao padre Olivier Maire, de sua família, bem como de sua comunidade. “Você permaneceu um homem simples, muito acessível, que não faz alarde, mas que seguiu em frente. Onde quer que você tenha estado, você marcou pessoas”, observou o irmão Daniel Busnel, conselheiro provincial dos missionários Montortinos, que também quis sublinhar a fecundidade espiritual do padre Olivier, notando em particular que no próprio dia de sua morte, em 9 de agosto, começava a missão dos Montfortians no México.

"Nunca a família Montfortina recebeu tantas mensagens"

O padre Luiz Augusta Stefani, de nacionalidade brasileira, atual Superior Geral dos Montfortinos, também falou, destacando a incrível manifestação de solidariedade vinda de todo o mundo para com sua comunidade, após o assassinato do sacerdote francês. “A morte do padre Olivier provocou uma explosão de solidariedade. Nunca a família Montfortina havia recebido tantas mensagens, de todo o mundo, observou ele. Com sua morte triste e violenta, o padre Olivier continuou a evangelizar".

O vice-provincial dos missionários montfortinos, padre Robert Chapotte, numa homilia muito sóbria, refletiu sobre o Evangelho de João onde Cristo se surpreendeu com o medo dos seus discípulos depois de ter acalmado a tempestade no mar da Galileia. "Ir para a outra margem? Viver de tempestades? Olivier conhecia bem isso. Ele falava sobre isso”, enfatizou, “sua vida missionária lhe deu a oportunidade de o descobrir, particularmente no Haiti, Uganda, África”.

Ao meio-dia, os sinos de todas as igrejas da Diocese da Vendéen de Luçon tocaram o badalo fúnebre em homenagem ao sacerdote, a pedido do bispo da diocese, Dom François Jacolin.