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Mulheres afegãs de burca fazem compras numa área de mercado em Cabul, após a tomada militar do país pelos talibãs Mulheres afegãs de burca fazem compras numa área de mercado em Cabul, após a tomada militar do país pelos talibãs 

AIS: Comunidade internacional defenda os direitos humanos dos afegãos

De acordo com a AIS, os xiitas, a pequena comunidade cristã e todas as outras minorias religiosas, já seriamente ameaçadas, sofrerão uma opressão intolerável.

Vatican News

A fundação pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre" teme que o reconhecimento do regime talibã no Afeganistão por alguns países possa encorajar a proliferação de grupos islâmicos radicais que atualmente são pequenos, mas capazes de estruturar-se numa rede terrorista potencial a fim de suplantar formações históricas como Al-Qaeda e Estado islâmico.

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Para a fundação, também são preocupantes as relações entre o regime afegão, Paquistão, organizações terroristas presentes na Palestina e na província síria de Idlib. "No Afeganistão, a ameaça aos direitos humanos fundamentais, incluindo a liberdade religiosa, não é representada apenas pelo Talibã, mas também pelo ISKP, ou seja, o ISIS da Província de Khorasan'", lê-se numa declaração da AIS.

A formação extremista já foi protagonista de inúmeras ações terroristas no passado, "reivindicando um dos ataques mais sangrentos contra a minoria Sikh no início da pandemia, em 25 de março de 2020, quando três homens armados invadiram o Guru Har Rai Gurdwara na área de Shor Bazar, em Cabul, matando 25 pessoas e ferindo 15". Segundo AIS, o ISKP continua a se consolidar, especialmente após a derrota do ISIS na Síria e no Iraque e após o início das conversas de paz entre talibãs e OTAN, e conta um número crescente de jovens afegãos instruídos, pertencentes à classe média, e grupos de jihadistas experientes provenientes de Al-Qaeda.

"Ajuda à Igreja que Sofre" encoraja a Comunidade internacional a se manifestar em defesa dos direitos humanos de todos os cidadãos do Afeganistão, incluindo cristãos, hinduístas, baha'is e budistas, porque "a reintrodução da lei da sharia acabará com as poucas liberdades duramente conquistadas, incluindo a fragilizada liberdade religiosa", colocando em risco aqueles que não compartilham o islamismo dos talibãs, como os sunitas moderados. De acordo com a AIS, os xiitas, a pequena comunidade cristã e todas as outras minorias religiosas, já seriamente ameaçadas, sofrerão uma opressão intolerável.

Vatican News Service - TC/MJ

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23 agosto 2021, 15:18