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A evasão de fiéis em relação a 2019 diminuiu 18,8%, o que foi considerado positivo A evasão de fiéis em relação a 2019 diminuiu 18,8%, o que foi considerado positivo 

As estatísticas 2020 da Igreja na Alemanha

Um panorama da Igreja Católica na Alemanha em números foi apresentado nesta semana pela Conferência Episcopal alemã.

Vatican News

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“A pandemia de Covid-19 e o drama dos abusos sexuais perpetrados por alguns membros do clero” são os dois fatores que mais se destacaram nas estatísticas da Igreja Católica na Alemanha em 2020, publicados na quarta-feira, 14. As pesquisas foram realizadas nas 27 arquidioceses e dioceses do país, onde os católicos representam 26,7 por cento da população.

Segundo o site dos Bispos alemães (DBK), em primeiro lugar destaca-se a pandemia de Covid-19, que teve grande "influência na vida da Igreja, de muitas maneiras": o fechamento de lugares de culto determinados pelas autoridades estatais para evitar o contágio e a impossibilidade de celebrar e prestar serviços religiosos com a participação do povo. Por fim, a falta de coletas nas igrejas "teve grande impacto".

Em segundo lugar, as arquidioceses e dioceses passaram por "mudanças estruturais": por exemplo, o número de paróquias diminuiu para 9.858, enquanto em 2019 eram 9.936. O mesmo decréscimo foi registrado entre om número de sacerdotes que, em 2020, eram 12.565 enquanto no ano anterior, 12.983; entre os diáconos permanentes, o número passou de 3.335, em 2019, para 3.245, em 2020. Por outro lado, as ordenações sacerdotais em 2020 foram de 56 sacerdotes diocesanos e 11 religiosos.

A participação nos ritos litúrgicos também está diminuindo, sobretudo por causa da pandemia: em 2019, era de 9,1% e, em 2020, abaixou para 5,9%.

De consequência, o número de administração dos Sacramentos na Igreja diminuiu, inclusive o dos casamentos, que passou de 38.537 em 2019, para 11.018, em 2020; os batizados mantiveram o número de 104.610 mas, dois anos atrás, eram 159.043.

No ano passado também diminuiu o número de novos fiéis que passaram a fazer parte da Igreja Católica: foram 1.578, enquanto em 2019 foram 2.330. No entanto, é muito elevado o número de pessoas que deixaram a Igreja Católica em 2020: 221.390 pessoas. A este respeito, a estatística é bastante positiva: em 2019, o número era superior ou igual a 272.771, o que significa que a evasão diminuiu em 18,8%.

“Esses números, - segundo o presidente dos bispos alemães, Dom Georg Bätzing - são um claro reflexo de como a pandemia do coronavírus está influenciando a vida nas nossas comunidades”. Entretanto, recordou que, apesar da emergência sanitária, “a Igreja foi um ponto de referência para muitas pessoas, sempre presente, sobretudo nas etapas fundamentais da sua vida”.

Dom Bätzing recordou ainda outro fator que mais se destacou nas estatísticas: os casos de abusos sexuais, que levam "muitas pessoas a abandonar a Igreja, por terem perdido a fé". E observou: “levamos esses dados muito a sério e devemos enfrentar esta situação com franqueza e honestidade, com respostas concretas”. Neste sentido, o prelado espera que o caminho Sinodal, empreendido há algum tempo pela Igreja alemã para resolver esta fase crítica "possa, realmente, contribuir para dar mais confiança".

Por fim, Dom Georg Bätzing dirigiu seu pensamento aos voluntários, centros de formação, jovens, famílias e educadores católicos e todas as pessoas, que dão testemunho de uma Igreja viva, expressando a todos sua gratidão; agradece também aos que “se comprometem e vivem a sua fé na Igreja e na sociedade: como sacerdotes, diáconos, agentes pastorais e paroquiais, que trabalham, com afinco, nestes tempos turbulentos”. E concluiu: “Embora representem um pequeno rebanho, fazem um trabalho indispensável em um mundo em constante mudança”.

Vatican News Service - IP

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17 julho 2021, 09:47