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Irmã ajoelhada diante de policiais: "São os gestos de todo cristão que se preocupa com a humanidade”. Irmã ajoelhada diante de policiais: "São os gestos de todo cristão que se preocupa com a humanidade”. 

Palavras do Papa confortam e encorajam, diz agradecida Ir. Ann Nu Tawng

"Estou surpresa com o fato que, como me dizem, as suas palavras podem ter sido inspiradas pelo meu gesto de ajoelhar-me e elevar as mãos ao céu. Fiz-o com o coração. São os gestos de todo cristão que se preocupa com a humanidade”, disse a religiosa da Congregação de São Francisco Xavier.

Vatican News

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“As palavras do Papa Francisco nos confortam nestes momentos em que vemos nossos corações partidos por tanta violência e tanto sofrimento de pessoas inocentes. Nos sentimos desamparados e indefesos diante do mal que continua; nossa esperança está depositada em Deus e pedimos a ajuda da comunidade internacional”.

Foi o que declarou à Agência Fides um sacerdote católico da Diocese de Yangon, Mianmar, preferindo o anonimato por razões de segurança, após o novo apelo do Papa Francisco ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, quando pediu o fim da violência e que prevalecesse o diálogo, lamentando a morte de tantos jovens.

 

E em clara referência ao gesto da irmã Ann Nu Tawng, que se ajoelhou diante de policiais em uma rua na cidade de Myitkyina, Francisco disse: “Eu também me ajoelho nas ruas de Mianmar e digo: pare a violência! Também eu estendo meus braços e digo: prevaleça o diálogo!”

A Agência Fides contactou a Irmã Ann Nu Tawng, da Congregação de São Francisco Xavier, que se tornou um ícone da presença dos fiéis católicos em Mianmar. “Estamos profundamente agradecidos ao Papa porque ele se lembra de nós, disse a religiosa. Ele conhece Mianmar, esteve entre nós em 2017. Sentimo-nos confortados e encorajados pelo fato de que conosco o Papa apoia o fim de toda violência e o início do diálogo. Estou surpresa com o fato que, como me dizem, as suas palavras podem ter sido inspiradas pelo meu gesto de ajoelhar-me e elevar as mãos ao céu. Fiz-o com o coração. São os gestos de todo cristão que se preocupa com a humanidade”.

“Sofremos ao lado de nosso povo, acrescenta a religiosa. A violência não para e os feridos aumentam a cada dia. As clínicas privadas aqui no Estado de Kachin (norte de Mianmar) estão fechadas por medo dos militares. Nossa pequena clínica está entre as poucas estruturas abertas, conseguimos tratar os feridos menos graves, de resto estamos em sérias dificuldades. Alguns não conseguem. Porém, nesta tribulação, hoje tivemos um grande sinal de esperança, ao lado das palavras do Papa: duas mulheres grávidas, levemente feridas, internadas em nossa clínica, deram à luz seus filhos, um menino e uma menina. Cada vida é preciosa. A vida continua a nascer pela graça de Deus. Alguns nos dizem que nossa vida está em perigo, podemos ser atingidos, mas não vamos fechar, não abandonemos a nossa missão de curar os feridos, consolar os aflitos, defender toda a vida humana. O Papa está ao nosso lado, está perto do nosso povo sofredor”.

Com Agência Fides / PA-JZ

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17 março 2021, 16:08