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Exéquias de D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo (Portugal) Exéquias de D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo (Portugal)  

Portugal: D. Anacleto Oliveira “um bispo em saída”

Papa Francisco concedeu bênção apostólica aos fiéis em luto pelo bispo defunto e a quantos participam na celebração das exéquias.

Domingos Pinto – Lisboa

Foi o último adeus a D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo, que foi a sepultar na passada 4ª feira, 23 de setembro, na sua terra natal, em Cortes, diocese de Leiria e Fátima.

O Cardeal D. António Marto presidiu na Catedral de Leiria à missa exequial de D. Anacleto Oliveira, realçando a sua “pastoral da proximidade e do encontro”.

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 “Um bispo em saída, imagem de uma igreja em saída, ao encontro de todos, particularmente dos mais frágeis, dos mais sós”, sublinhou.

Exéquias que começaram na passada terça-feira em Viana do Castelo com uma missa na catedral do Alto Minho presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo primaz de Braga.

Na sua homilia, D. Jorge Ortiga lembrou D. Anacleto Oliveira como um bispo que “quis ser missão numa proximidade muito concreta com todos”.

O prelado, responsável pela província eclesiástica em que se insere a diocese do Alto Minho, recordou o lema episcopal escolhido por D. Anacleto Oliveira, ‘Escravo de todos’.

“Este lema pode ser para nós, que conhecemos D. Anacleto, e particularmente para todos os cristãos da diocese de Viana do Castelo, um testamento. A dureza da sua morte, inesperada e dolorosa, obriga-nos agora a retomar a missão onde ele a deixou. Deu-se por completo, mas há ainda muito por fazer na Igreja e no mundo”, disse D. Jorge Ortiga.

Marcante nesta missa exequial foi também uma mensagem do Papa Francisco lida pelo Núncio Apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, referindo-se ao bispo de Viana do Castelo como “autêntica testemunha do Evangelho”.

Francisco concedeu aos fiéis em luto pelo bispo defunto e a quantos participam na celebração das exéquias a sua bênção apostólica, “como sinal de sincera participação no sofrimento comum”.

Já no final da celebração, falou D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e bispo de Setúbal que lembrou D. Anacleto como um estudioso da Bíblia “que não ficou simplesmente no passado”, mas que “questionava atitudes”, uma palavra “inquieta”, que despertou e mobilizou todos para “buscar caminhos novos”.

Também o administrador diocesano de Viana do Castelo, mons. Sebastião Pires Ferreira, prestou homenagem a D. Anacleto Oliveira, um pastor “sempre presente”.

Um pastor à maneira do nosso querido Papa Francisco, a cheirar a ovelhas. Mais, a tornar-se a porta do seu redil”, realçou mons. Sebastião Pires Ferreira no final ta celebração.

 Uma missa exequial onde o Estado português esteve representado ao mais alto nível com a presença, entre outras individualidades, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

D. Anacleto Oliveira, 74 anos de idade, faleceu no passado dia 18 na sequência de um despiste de automóvel, na Autoestrada 2 (A2) perto de Almodôvar, distrito de Beja, no Baixo Alentejo.

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24 setembro 2020, 10:46