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A Pax Christi lança um apelo para que a nação alemã assine o Tratado da ONU sobre a proibição de armas nucleares, de 2017. A Pax Christi lança um apelo para que a nação alemã assine o Tratado da ONU sobre a proibição de armas nucleares, de 2017.  

Pax Christi: não às armas de destruição em massa

Para a Pax Christi, "a destruição em massa" provocada pelas armas nucleares" é incompatível com os direitos humanos, com a Constituição alemã e com os princípios basilares da fé cristã".

Vatican News

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Prossegue na Alemanha o debate sobre energia nuclear, depois que Rolf Mützenich, presidente interino do bloco parlamentar do Partido Social Democrata (SPD), pediu aos Estados Unidos que retirassem seus armamentos atômicos do território alemão.

Em uma declaração ao jornal "Tagesspiegel", Mützenich afirmou que "as armas atômicas em nosso território não aumentam nossa segurança, pelo contrário. Está na hora da Alemanha descartar seu uso no futuro."

Por outro lado, opõe-se a esta proposta o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, e o deputado da Bavária Karl Heinz Brunner, que são favoráveis ao  "compartilhamento da energia nuclear".

 

A Pax Christi Alemanha interveio no debate por meio de uma nota assinada por seu conselheiro espiritual, Horst-Peter Rauguth, afirmando que  "a destruição em massa" provocada pelas armas nucleares", ainda que  considerada apenas como uma opção, é incompatível com os direitos humanos, com a Constituição alemã e com os princípios basilares da fé cristã ".

Neste sentido, a exortação da Pax Christi, em primeiro lugar, a "um debate público e transparente" sobre a questão. Necessária depois a reflexão sobre a "partilha nuclear": em um caso hipotético de guerra, de fato, isso implicaria a possibilidade de lançar bombas estadunidenses com aviões alemães.

"A Alemanha - sublinha Rauguth - comprometeu-se, com base no direito internacional, em renunciar às armas nucleares e, portanto, deveria abandonar o 'compartilhamento nuclear' para se empenhar na construção da segurança civil".

Por fim, a Pax Christi lança um apelo para que a nação alemã assine o Tratado da ONU sobre a proibição de armas nucleares, de 2017.

Pax Christi

 

Pax Christi International nasceu na França em 1945, por iniciativa de Mons. Thèas e M.me Dortel - Claudot. Os propósitos iniciais do movimento eram a oração e a reconciliação. A primeira campanha organizada foi Pax Christi in Regno Christi, com o objetivo de reconciliar franceses e alemães após a Segunda Guerra Mundial.

No início dos anos 50, algumas comunidades foram fundadas na Inglaterra, Bélgica, Holanda, Áustria e Suíça. Pio XII realmente reconheceu o movimento em 1952, concedendo a ele sua bênção. O cardeal francês Feltin foi seu primeiro presidente internacional e estruturou o programa em três linhas principais: oração, estudo e ação.

Desde o final dos anos 50 e ao longo dos anos 60, o movimento se espalhou pela Europa Ocidental, abrindo seções nacionais na Irlanda, Espanha, Itália e Luxemburgo. Nestes anos, o presidente foi o cardeal Alfrink.

Encíclica Pacem in Terris (1963), do Papa João XXIII, marcou um ponto de virada na vida do movimento e se tornou sua nova "Carta" ideal. Na Encíclica, a paz estava ligada à justiça e ao respeito pelos direitos humanos.

O Papa Paulo VI, na Populorum Progressio (1967), vinculou à paz ao tema do desenvolvimento dos povos. Esses documentos permitiram ao movimento estender seu leque de ações também à justiça e à solidariedade. No início dos anos 70, o movimento chegou aos EUA e à Austrália.

Atualmente, o movimento está presente nos cinco continentes, possui seções em dezenove Estados, enquanto em outros sete existem grupos associados e em dez, grupos afiliados.

 

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06 maio 2020, 07:55