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"Os sutis 'argumentos' sobre o progresso e uma 'velha' lei que precisa ser 'modernizada' não são argumentos", afirmam especialistas católicos noruegueses "Os sutis 'argumentos' sobre o progresso e uma 'velha' lei que precisa ser 'modernizada' não são argumentos", afirmam especialistas católicos noruegueses  

Apovação de nova lei sobre biotecnologia desaponta Igreja na Noruega

Segundo o documento dos bispos publicado no site da Diocese de Oslo, a reforma abre caminho à eugenia, dando a possibilidade, por meio de testes pré-natais precoces selecionar, e portanto, abortar crianças com patologias ou que são de sexo diferente daquele desejado pelos futuros pais.

Vatican News

Uma decisão que "abole os direitos humanos das crianças", sem um debate aprofundado sobre uma questão eticamente relevante, como a que diz respeito à vida e à morte e que mostra, portanto, "o pior da democracia".

Esta é a posição expressa por um comitê de especialistas da Diocese de Oslo sobre a reforma da Lei de Biotecnologia aprovada pelo Parlamento norueguês na última terça-feira, por 89 votos contra 80.

O projeto, adotado após um acalorado debate político, e apesar da forte oposição do Partido Democrata Cristão, abre a possibilidade às mulheres solteiras de terem acesso à procriação assistida - até agora excluídas -, aos testes pré-natais para identificação de patologias embrionárias e à legalização da doação de óvulos (até agora permitida apenas para espermatozóides).

"Os sutis 'argumentos' sobre o progresso e uma 'velha' lei que precisa ser 'modernizada' não são argumentos", afirmam especialistas católicos noruegueses em um documento publicado no site da Diocese de Oslo.

"Fala-se em satisfazer os desejos das pessoas e do direito a escolhas informadas, mas não existe o direito de ter filhos que sejam um dom". Segundo o documento, a reforma abre caminho à eugenia, dando a possibilidade, por meio de testes pré-natais precoces selecionar, e portanto, abortar crianças com patologias ou que são de sexo diferente daquele desejado pelos futuros pais.

Além disso, a doação de óvulos nega definitivamente o direito da criança de conhecer e crescer com seus pais biológicos: se até agora, com base na lei atual, ele poderia conhecer pelo menos a mãe, agora nem isso será possível. Portanto, o desejo da mulher de ter um filho prevalece sobre o direito da criança de ter pai e mãe.

"Que visão humana deveríamos ter em nossa sociedade?", pergunta o documento ao concluir, chamando em causa uma maioria parlamentar "que quer forçar a uma mudança de lei na direção de uma sociedade que aceita crianças feitas sob medida assim como as crianças órfãs, sem a possibilidade de um debate que decisões assim extremas impõem”.

Grande desapontamento pela votação foi expresso, entre outros, pelo bispo de Oslo, Dom Bernt I. Eidsvig, que reiterou a determinação da Igreja Católica na Noruega de continuar a fazer sua voz ser ouvida no debate em andamento. (LZ)

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29 maio 2020, 07:17