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500 anos da primeira Missa na Argentina: fato histórico, religioso e cultural

Na carta de bênção enviada pelo Papa para este aniversário, comentada pelo bispo de Rio Gallegos, dom Jorge Cuerva, o Santo Padre recorda: “somos, de algum modo, descendentes na fé daqueles homens que na expedição de Hernando de Magallanes procuraram a passagem entre os dois oceanos e que na baía de San Julián foram à beira-mar e celebraram a primeira Missa”

Cidade do Vaticano

“Um fato histórico, religioso e cultural”: com essas palavras, o bispo da Diocese de Rio Gallegos, na Argentina, dom Jorge García Cuerva, iniciou a coletiva de imprensa para a apresentação do programa das atividades da diocese para a celebração dos 500 anos da primeira missa em território argentino.

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A celebração – segundo nota enviada à agência missionária Fides – reunirá católicos de muitas cidades do país para a missa principal, que será celebrada em 1º de abril na cidade de Puerto San Julián.

Convite feito ao Santo Padre

O programa tinha previsto também o convite ao Papa Francisco, com ampla antecipação, mas na carta de bênção enviada pelo Santo Padre, foi manifestada a impossibilidade da sua presença física.

Na carta, comentada pelo bispo de Rio Gallegos, o Santo Padre recorda: “somos, de algum modo, descendentes na fé daqueles homens que na expedição de Hernando de Magallanes procuraram a passagem entre os dois oceanos e que na baía de San Julián foram à beira-mar e celebraram a primeira Missa”.

Viver a misericórdia social

Dom Jorge Cuerva, que foi nomeado bispo desta diocese somente um ano atrás (3 de janeiro de 2019), escreveu uma Carta pastoral comentando a sua experiência e propondo viver “a misericórdia social”.

“Gostaria de usar uma nova ideia, viver a misericórdia social. Ouvimos muito falar no conceito de justiça social, um conceito que foi corrompido e esvaziado de seu conteúdo por tantas promessas não respeitadas; em Deus não existe uma ação justa que não seja também um ato de misericórdia e de perdão e, ao mesmo tempo, não existe uma ação de misericórdia que não seja perfeitamente justa.”

Romper as barreiras do egoísmo e da hipocrisia

“Eis porque é tempo de realizar essa misericórdia social, curando as feridas daqueles que sofrem, confortando com solidariedade e compromisso, superando toda indiferença, apelando à nossa ajuda em favor dos mais pobres, rompendo as barreiras do egoísmo e da hipocrisia”, lê-se na referida Carta pastoral.

A nota informa não somente do rico programa dos eventos celebrativos, mas também sobre as atividades com os jovens e com os grupos paroquiais.

Eucaristia, assembleia, comunidade de fé e vida

No texto publicado no site aberto para este evento, “500 anos da primeira Missa no território argentino. Um fato histórico, religioso e cultural”, o bispo não somente recorda os fatos históricos, mas aprofunda o significado que tinha e tem para um cristão, a celebração da Eucaristia com o sentido próprio da assembleia, comunidade de fé e vida.

Em seguida, ilustra o significado cultural, para demonstrar quanto a nossa cultura e a cultura própria da comunidade argentina na Patagônia, herdou daqueles homens que trouxeram a fé proveniente do Velho Continente.

(Fides)

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16 março 2020, 11:53