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Crianças estão sem escola desde setembro no Haiti Crianças estão sem escola desde setembro no Haiti 

"A fé é maior que o medo", afirma religiosa brasileira no Haiti

"Em muitos momentos temos medo, mas a gente procura, através da fé, que o medo não nos paralise. Os pobres nos ensinam a fortalecer a nossa fé e esperança em Deus", afirma a Ir. Goreth Ribeiro, missionária no Haiti desde 2013.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Inquietação: esta é a palavra usada pela Ir. Maria Goreth Ribeiro para expressar como a comunidade brasileira intercongregacional está vivendo o momento de crise no Haiti.

A comunidade foi criada depois do terremoto que assolou o país em 2010 e atualmente é formada por quatro religiosas de quatro congregações diferentes.

Ouça a missionária brasileira

Ir. Goreth vive na Ilha desde 2013 e relata as dificuldades vividas com a instabilidade política e social que se intensificou a partir de setembro, causando os protestos da população. Desde então, as escolas estão fechadas.

Foi decretada uma trégua neste período de Natal, mas não se sabe quando as crianças poderão regressar às aulas.

“A miséria, a fome e o desemprego atingem primeiro os mais pobres, que sofrem as consequências da violência e do caos social”, diz a missionária.

Ela afirma: “Toda esta situação de dor, de sofrimento e de muita violência nos deixa inquietas e nos faz renovar o nosso compromisso e nossa opção pelos mais pobres”.

O medo não paralisa

O medo existe, mas a fé é maior:

“Em muitos momentos temos medo, mas a gente procura, através da fé, que o medo não nos paralise. Os pobres nos ensinam a fortalecer a nossa fé e esperança em Deus.”

Ir. Goreth renova o compromisso das religiosas brasileiras com o povo haitiano para “sermos sinais, junto com eles, de esperança e de vida nova, de melhores tempos”.

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14 dezembro 2019, 11:25