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Homens e mulheres da província do Kivu do Norte Homens e mulheres da província do Kivu do Norte  

RDC: apelo dos bispos pelo fim da violência no Kivu do Norte e no Kivu do Sul

Neste mês de novembro, 80 civis foram mortos na cidade e no território de Beni, sem contar as pessoas sequestradas, casas queimadas e saqueadas.

Cidade do Vaticano

A Conferência Episcopal Congolesa (Cenco) fez um apelo pelo fim da violência nas províncias do Kivu do Norte e do Kivu do Sul.

Não cessa a violência perpetrada pelos rebeldes ugandenses do ADF-Nalu nas duas províncias, situadas no leste da República Democrática do Congo (RDC). Os confrontos foram retomados em 30 de outubro passado.

Neste mês de novembro, 80 civis foram mortos na cidade e no território de Beni, sem contar as pessoas sequestradas, casas queimadas e saqueadas. Um novo ataque ocorreu na madrugada do dia 25 deste mês, no distrito de Masiani, em Beni. Confrontos armados se verificaram também em Fizi e Uvira, no Kivu do Sul.

A população desesperada, abalada pela epidemia de Ebola, foi às ruas para protestar contra a violência. Como se não bastasse, no último domingo (24/11), houve um acidente aéreo, em Goma, que ceifou várias vidas.

A Cenco manifestou preocupação com a situação dramática da segurança na região. “É inaceitável que há décadas a dignidade da pessoa e a vida humana são constantemente ameaçadas num país em que as instituições estatais e as organizações internacionais presentes deveriam proteger a população”, lê-se no comunicado assinado pelo bispo de Kisangani, dom Marcel Utembi Tapa, presidente da Cenco. O prelado expressa, em nome do organismo eclesial, solidariedade e proximidade ao bispo de Butembo-Beni, dom Melchisédech Sikuli, ao bispo de Uvira, dom Sébastien-Joseph Muyengo, e a todos os habitantes daquela área.

A nota se conclui com um apelo ao Governo central, ao Exército e à Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) a elaborarem um plano a fim de pacificar a região, restabelecer a autoridade do Estado, garantir ajuda humanitária às populações, vítimas dos confrontos, e renovar o diálogo nacional “a fim de favorecer um clima de justiça, paz e reconciliação entre as comunidades em conflito”.

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26 novembro 2019, 12:58