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São Francisco de Assis e o sultão do Egito al Kamil em 1219 São Francisco de Assis e o sultão do Egito al Kamil em 1219

Encontro em Jerusalém: 800 anos da peregrinação de São Francisco na Terra Santa

Era o ano de 1219 quando São Francisco, em meio às Cruzadas e ao clima de violência e conflito delas decorrente, decidiu dar a sua contribuição para promover a paz. "Francisco de Assis atravessou as linhas de guerra e superou a lógica do conflito de civilização em curso, seguindo a divina inspiração que o levou a acreditar na possibilidade do encontro fraterno com toda criatura”, disse o custódio da Terra Santa, Pe. Frei Francesco Patton

Cidade do Vaticano

“800 anos da peregrinação de paz de São Francisco na Terra Santa (1219-2019)”: esse é o tema do Encontro que se realizará de 30 de setembro a 4 de outubro em Jerusalém, por iniciativa dos frades da Custódia.

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“Exatamente 800 anos atrás, durante a quinta Cruzada – explicou o custódio da Terra Santa, Pe. Frei Francesco Patton –, São Francisco veio como peregrino e testemunha de paz, ficando aqui até 1220, até retornar para a Itália.”

Evangelização - testemunho de vida e anúncio da Palavra

“Francisco de Assis atravessou as linhas de guerra e superou a lógica do conflito de civilização em curso, seguindo a divina inspiração que o levou a acreditar na possibilidade do encontro fraterno com toda criatura”, prosseguiu Pe. Frei Patton.

Foi graças a seu encontro com o sultão do Egito Malik al Kamil e a sua longa permanência na Terra Santa que pôde elaborar aquele método de evangelização, feito de testemunho de vida e de anúncio da Palavra que inspirou ao longo destes oito séculos e guia ainda hoje a nossa presença franciscana no Oriente Médio, através da Custódia da Terra Santa”, acrescentou.

Encontro nas fontes árabes, franciscanas e das Cruzadas

Durante os trabalhos, o encontro entre São Francisco e o sultão será analisado através do estudo das fontes árabes (Bartolomeu Pirone, docente de língua e literatura árabe), das fontes franciscanas (Dom Felice Accrocca, arcebispo de Benevento) e das fontes das Cruzadas (Antonio Musarra, medievalista).

Caberá ao prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, atualizar o significado daquele encontro “no magistério e nos gestos do Papa Francisco”. Por sua vez, o secretário geral da Ordem dos Frades Menores, Pe. Frei Giovanni Rinaldi, falará sobre o significado atual do encontro entre São Francisco e o sultão Malik al Kamil para a Ordem e para a presença franciscana na Terra Santa.

(L’Osservatore Romano)

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20 setembro 2019, 11:46